Ação do IRB (IRBR3) tem forte queda e fica abaixo de R$ 1

Resultados preliminares da companhia apontam um quadro operacional complicado

Foto: Divulgação
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A ação ordinária do IRB Brasil Re apresenta forte queda e perde patamar psicológico de R$ 1. Por volta de 13h40, o papel recuava 6,60% para R$ 0,99.

A queda dos papéis do IRB veio na esteira da divulgação pelo ressegurador de resultados preliminares referentes a agosto na última sexta-feira. Os números revelaram um quadro operacional complicado com queda de prêmios, aumento de sinistralidade e reversão de lucro visto um ano antes para um prejuízo consolidado.

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Os dados da companhia mostram uma queda de cerca de 30% dos prêmios emitidos em agosto na comparação anual e uma alta de 19% no sinistros na mesma base de comparação, com taxa de sinistralidade alcançando 145%.

Além disso, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 165 milhões ante um lucro de R$ 85 milhões em agosto de 2021. O resultado do ano passado, porém, teve impacto positivo de um evento pontual, referente à vitória em ação judicial no qual o ressegurador acrescentou um ganho não recorrente de R$ 129 milhões no período.

No acumulado de oito meses, o prejuízo líquido do IRB subiu mais de 200% para R$ 516,4 milhões. No mesmo período de 2021, o prejuízo estava em R$ 168,9 milhões.

As ações do IRB vêm sofrendo também após a capitalização de R$ 1,2 bilhão realizada no início de setembro com emissão de 596 milhões de novas ações. Na operação, o preço do papel foi estabelecido em R$ 1, valor quase 60% abaixo do fechamento no pregão imediatamente anterior à oferta.

Com isso, o papel passou a recuar no mercado secundário para convergir ao preço estabelecido na capitalização. A ação acumula uma queda de 75% em 2022 até 24 de outubro. Apenas neste mês, o recuo atinge 9,09%.

Quando uma ação negocia abaixo de R$ 1 por 30 pregões consecutivos é considerada uma “penny stock” pela B3, ou seja, uma “ação de centavos”. A companhia precisa tomar providências para recuperar a cotação, como, por exemplo, realizando um grupamento de papéis. Caso não possa se reenquadrar, o regulamento da bolsa prevê possibilidade de suspensão ou até exclusão do ambiente de negociações.

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