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Ações do Carrefour (CRFB3) têm forte queda após anúncio de redução de R$ 1 bi na compra do Big
As ações do Carrefour (CRFB3) caem 2,34% por volta das 12h05 desta quarta-feira após ajuste de R$ 1 bilhão no preço pago pelo Carrefour Brasil ao fundo Advent pelo Grupo Big. O preço dos papéis do grupo varejista fechou em R$ 11,99 na terça. No horário mencionado, estavam cotados em R$ 11,68.
Segundo análise do Santander, o movimento de redução no valor pago pelo Big pode aumentar as incertezas do mercado sobre o ritmo de melhorias e captura de sinergias das lojas.
Os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo escrevem que o ajuste não tem relação à performance das lojas convertidas, o que afasta a possibilidade de efeitos nos seus resultados operacionais.
No entanto, o banco nota que os últimos resultados trimestrais do Carrefour Brasil já vinham levantando dúvidas sobre a performance das lojas e que a redução no preço acentua essas preocupações, mantendo ações pressionadas.
Recomendações para ações do Carrefour
O Santander tem recomendação de compra para Carrefour Brasil, com preço-alvo em R$ 20.
O Itaú BBA também recomenda compra, com preço-alvo em R$ 17. No relatório anterior, de 14 de fevereiro, o preço era de R$ 27.
A XP tem recomendação neutra e preço-alvo em R$ 20, potencial de alta de 67,2% sobre o fechamento de terça.
O Citi tem recomendação neutra para Carrefour Brasil, com preço-alvo em R$ 18,50, potencial de alta de 54,6% sobre o último fechamento.
Itaú: redução tem poucos detalhes
A redução de até R$ 1 bilhão no preço pago pelo Carrefour Brasil para a aquisição do Grupo Big não era esperada, mas é difícil ter visibilidade dos efeitos para a companhia, diz o Itaú BBA.
Os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi e Clara Lustosa escrevem que o lado positivo é que o ajuste não está relacionada ao desempenho das lojas convertidas, reduzindo potencial pressão operacional.
No entanto, o banco nota que não foram divulgados os termos do acordo feito com a Advent e como a companhia poderia alcançar o montante total a ser devolvido, impedindo a avaliação dos seus efeitos.
XP vê benefícios no curto prazo
O Carrefour Brasil vai se beneficiar de uma injeção de recursos no curto prazo após reduzir em até R$ 1 bilhão o montante a ser pago pela aquisição do Grupo Big, diz a XP.
A corretora destaca também que não houve revisão nas sinergias esperadas.
“Porém não fica claro pelo comunicado quais foram as determinadas obrigações por parte dos vendedores do Grupo Big que motivaram o ajuste no preço de venda”, comenta a analista Danniela Eiger.
Citi: Carrefour reduz alavancagem, mas gera incertezas
O acordo foi inesperado e ajuda o Carrefour reduzir sua alavancagem, mas a falta de explicação do porquê isso aconteceu adiciona um elemento de incerteza, diz o Citi.
Os analistas liderados por João Pedro Soares calculam que a companhia conseguiu reduzir sua alavancagem de 1,21 vez a dívida líquida sobre o Ebitda para 1,06 vez com a renegociação do passivo.
O banco nota que o Carrefour Brasil vem convertendo as lojas do Grupo Big de maneira acelerada, mudando 59 lojas já em 2022, contra uma expectativa inicial de 37 para o período.
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