Credit Suisse despenca quase 30% e arrasta outros bancos europeus

O Saudi National Bank, maior acionista do Credit Suisse, anunciou que não fará novos investimentos no banco

Foto: Denis Balibouse/Reuters
Foto: Denis Balibouse/Reuters

A ação do Credit Suisse atingiu seu valor histórico mínimo nesta quarta-feira (15) após seu principal acionista, o Saudi National Bank, descartar a injeção de mais liquidez no banco suíço. A notícia não atingiu apenas a ação do Credit Suisse, como a de vários outros bancos europeus, em meio às preocupações sobre a saúde do setor financeiro desencadeada pelo fechamento dos bancos americanos Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank nos últimos dias.

Por volta de 10h (de Brasília), o Credit Suisse despencava 28,75% e sua ação era cotada em 1,60 francos suíços, menor valor histórico já registrado. No Reino Unido, Barclays e Standard Chartered baixavam 8,13% e 7,81%, respectivamente, enquanto os franceses Société Générale (-12,03%) e BNP Paribas (-11,21%) acumulavam as maiores quedas no índice parisiense CAC 40.

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No índice alemão DAX, referência da Bolsa de Frankfurt, o Commerzbank tinha forte queda de 9,65% e o Deutsche Bank, de 8,55%, também liderando as perdas do índice.

No mesmo horário, o londrino FTSE 100 caía 2,97%, a 7.410,13 pontos, o DAX cedia 2,95%, a 14.783,00 pontos, e o CAC 40 recuava 3,63%, a 6.882,31 pontos.

“O novo movimento de vendas de ações bancárias se instalou à medida que os temores sobre a robustez do setor vêm à tona, com a sombra do colapso do SVB ainda pairando” sobre os mercados, escreve a chefe de mercados monetários da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter.

A aparente fragilidade dos sistemas financeiros americano e europeu ocorrem às vésperas de decisões de juros do Banco Central Europeu (BCE), que se reúne amanhã, e do Federal Reserve (Fed), que divulga sua decisão em uma semana.

“Apesar da incerteza em torno dos riscos para a estabilidade financeira, esperamos que tanto o BCE quanto o Fed continuem elevando as taxas de juros” ao longo da primavera do hemisfério norte, projetam economistas do Danske Bank, em relatório.

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