Ações em alta: CSN Mineração e Braskem são únicas a subir em dia de queda generalizada; Azul e Embraer caem abraçadas
Ações em alta: veja as poucas empresas do IBOV que fecharam o dia em alta e as piores quedas desta sexta (6); entenda o motivo das oscilações
A bolsa fechou em queda sensível nesta sexta-feira (6) após o payroll, que jogou praticamente todas as ações do Ibovespa para o campo negativo. Isso porque o relatório mostrou criação de emprego nos EUA abaixo do esperado e aumentou as apostas do mercado em uma recessão na maior economia do mundo.
Assim, os investidores correram da renda variável no mundo. Nesse sentido, apenas duas empresas compuseram a lista de ações em alta do Ibovespa ao final da sessão. Mesmo essas empresas tiveram notícias negativas contra elas. Dessa maneira, as companhias fecharam em alta, mesmo contra a lógica mais evidente.
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“O desempenho da CSN Mineração se destaca, mesmo com o fraco desempenho do minério de ferro, que encerrou a semana com quedas de 9,5% em Cingapura e 14,48% em Dalian”, diz Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
A empresa dá sequência aos ganhos acumulados nos últimos 30 dias, quando subiu 27,69%. A companhia parece capturar parte importante dos investidores receosos com os outros players do setor. A Vale, que ajudou a empurrar o Ibovespa para baixo hoje, acumula perda de 1% nos últimos 30 dias.
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Braskem
Já a Braskem se valorizou apesar da Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL).
“A ação busca revisar as indenizações por danos morais pagas no contexto do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF), referente ao acidente geológico em Alagoas”, explica Iarussi.
Segundo o Valor Econômico, é estimado em R$ 5 bilhões o valor cobrado pela Defensoria, que seria distribuído entre 60 mil famílias impactadas pelo evento.
Ações em alta
Empresa | Ativo | Última cotação (R$) | Variação no fechamento (%) |
CSN Mineração | CMIN3 | 6,17 | 4,05 |
Braskem | BRKM5 | 18,81 | 2,51 |
Perdas
Por outro lado, entre as quedas, destaque para a Embraer (EMBR3), que procura novo patamar de acomodação após acumular cerca de 110% de alta em 2024. “Assim, parte do movimento de venda atual pode ser devido a investidores realizando lucros após essa valorização expressiva”, destaca o analista.
Contudo, há mais motivos para a queda da empresa de aviação. Nesse sentido, o mal momento da Azul, que liderou as quedas no dia, pode ajudar a explicar parte das perdas da Embraer.
A Azul tem se movimentado no sentido de encontrar formas de reduzir seu endividamento diante das perdas com a tragédia no Rio Grande do Sul e juros altos.
Assim, os investidores avaliam algum risco respingando na Embraer, diante da eventual dificuldade de a Azul manter contratos com a sua fornecedora.
Além disso, a Azul sofre com o movimento desta sexta relacionado à curva de juros e ao dólar.
Da mesma maneira, a curva de juros impacta empresas mais alavancadas, como Yduqs e Pão de Açúcar, que também sofreram quedas.
“Nesse sentido, o cenário de expectativa de menor corte de juros pelo Fed, combinado com as taxas de juros locais ainda elevadas, pressiona negativamente esses papéis, que tendem a ser mais impactados por custos de financiamento e condições de crédito”, explica Iarussi.
Assim, outra empresa entre as piores do dia é a 3R, que desce com a desvalorização de 7% do petróleo na semana.
Ações em queda
Empresa | Ativo | Última cotação (R$) | Variação no fechamento (%) |
Azul | AZUL4 | 4,44 | -6,33 |
3R | RRRP3 | 22,95 | -5,24 |
Embraer | EMBR3 | 47,48 | -4,64 |
Yduqs | YDUQ3 | 9,57 | -4,4 |
Pão de Açúcar | PCAR3 | 3,06 | -4,38 |
Os rankings contêm apenas ações do Ibovespa. As cotações foram apuradas entre as 17h15 e as 17h25.