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Embraer (EMBR3) fecha acordo com Portugal para fornecer avião voltado para ‘necessidades da Otan’; ações caem
As ações da Embraer (EMBR3) enfrentam leve desvalorização na tarde desta segunda-feira (24), caindo 0,54%, cotadas a R$ 20,14. A empresa volta ao noticiário por conta da visita do presidente Lula a Portugal para assinatura de um acordo entre as empresas aeroespaciais brasileiras e portuguesas.
Durante o evento, que contou com a presença do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, a Embraer fechou parceria com as empresas portuguesas Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), Empordef Tecnologias de Informação, S.A. (ETI), GMVIS Skysoft, S.A. (GMV) e a OGMA S.A.
Aeronaves para a Otan
Entre os diferentes desdobramentos do acordo, a Embraer destacou, em comunicado, “o potencial relacionamento estratégico nas áreas de desenvolvimento e integração de sistemas envolvendo o A-29 Super Tucano”, aeronave construída pela empresa brasileira.
Segundo a Embraer, a recém-lançada versão da aeronave a A-29N “está voltada para o atendimento das necessidades dos países membros da Organização Tratado do Atlântico Norte (Otan)”, disse Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer.
“O interesse dos países da OTAN nesta aeronave levou a Embraer a anunciar, recentemente, o lançamento de uma nova versão, o A-29N, a qual, temos certeza, será um sucesso no mercado internacional”, disse o executivo.
O acordo entre Portugal e Brasil prevê não apenas a comercialização da aeronave, mas iniciativas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
Rússia e Otan
O Brasil tenta aplacar o mal humor dos países da Otan depois do pronunciamento de Lula, na semana passada, sobre a guerra na Ucrânia. O presidente afirmou que tanto Ucrânia quanto Rússia são culpadas pelo conflito no leste europeu.
A fala de Lula se somou à visita do chanceler russo, Sergei Lavrov, ao Brasil na última semana. Lavrov afirmou que Brasil e Rússia estavam alinhadas com relação a uma proposta de paz relacionada à guerra entre os países governados por Vladimir Putin e Volodymir Zelensky.
Durante o encontro, chamou a atenção o tom de crítica do presidente brasileiro aos países que têm abastecido os ucranianos com armas. As declarações geraram incômodo, especialmente na diplomacia americana.
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