Itaú: Preços da Petrobras chegam perto da paridade internacional; ações disparam

Se persistir a tendência de queda dos combustíveis e do Brent, Petrobras pode oferecer "prêmio persistente", dizem analistas

Fachada da sede da Petrobras. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fachada da sede da Petrobras. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os preços de paridade de importação (PPI) do petróleo recuaram significativamente e os preços domésticos agora estão quase em linha, avalia o Itaú BBA em relatório.

O banco destaca que os spreads do diesel caíram 4% na semana encerrada em 25 de novembro, após uma queda de 1% na semana anterior.

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Os da gasolina recuaram 4%, após uma queda de 49% na semana anterior.

Na Bolsa, Petrobras ON e PN avançaram 4,3% e 4,19%, respectivamente, também refletindo o início da transição governamental na empresa. Analistas ouvidos pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico, veículo parceiro da IF, afirmaram que os últimos discursos do senador Jean Paul Prates (PT-RN), cotado para ser presidente da companhia, não foram tão disruptivos em relação ao modelo atual de negócios da companhia, o que pode preservar parte do seu valor atual.

Com ajuda dos papéis da estatal brasileira, o Ibovespa fecha em alta de 1,96%, também apoiado por ações de commodities. O setor é impulsionado pela possibilidade de redução nas restrições impostas pela China para combater a covid-19.

“Prêmio persistente” à vista

Os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello comentam que, seguindo a tendência de queda nos preços internacionais nas semanas anteriores, os preços da Petrobras (PETR3 e PETR4) alcançaram a paridade internacional da gasolina e do diesel, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) da semana passada e também da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) de ontem.

“Se persistir essa tendência de queda dos dois combustíveis e do Brent, poderemos começar a observar um prêmio persistente nos preços da Petrobras em relação à paridade internacional, abrindo caminho para que a empresa decida entre correr para implementar reduções de preço ou aproveitar para compensar perdas de nas semanas anteriores”, afirmam os analistas.

No entanto, eles sinalizam que a empresa usa uma avaliação diferente da ANP e Abicom para os preços de paridade de importação e que ainda esperam grande volatilidade nos preços internacionais à frente, considerando as incertezas relacionadas à demanda da China, definições de preço máximo para petróleo russo, o impacto do inverno na Europa e nos EUA e o posicionamento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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