Ações da Tesla caem para nova mínima de dois anos com pausa na produção na China
O papel caiu cerca de 68% neste ano e mais de 41% apenas neste mês, registrando o pior desempenho mensal da história da empresa
As ações da Tesla caíam cerca de 8,4% nesta tarde, próximo dos US$ 112,7 e do seu preço mais baixo em mais de dois anos, depois que a empresa suspendeu a produção de carros em sua fábrica de Xangai no sábado.
O papel caiu cerca de 68% neste ano e mais de 41% apenas neste mês, registrando o pior desempenho mensal da história da empresa. A ação está a caminho do menor fechamento desde setembro de 2020.
A queda ocorre depois que o “The Wall Street Journal” informou que a Tesla irá estender por mais oito dias a paralisação na sua produção de carros em Xangai. Essa decisão está relacionada a uma onda de infecções por Covid-19 entre seus trabalhadores e fornecedores na China, informou o Journal, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
A paralisação temporária segue uma desaceleração recente na demanda global por veículos da Tesla em meio a taxas de juros mais altas. Além disso, a empresa está enfrentando uma concorrência cada vez maior das montadoras tradicionais, que estão aumentando sua capacidade de produzir veículos elétricos.
A queda nas ações também ocorre depois que o presidente-executivo Elon Musk vendeu bilhões em ações da Tesla no início deste mês. Musk vendeu mais de US$ 39 bilhões em ações da Tesla desde o pico da capitalização de mercado da empresa.
Musk justificou as vendas como resultado do seu envolvimento com o Twitter. O bilionário comprou a empresa de mídia social em um negócio avaliado em US$ 44 bilhões em outubro, com o Twitter assumindo cerca de US$ 13 bilhões em dívidas no processo. Musk disse que não venderá mais ações da Tesla até o ano que vem.
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