A boa para o investidor em 2024 ainda é a renda fixa, diz BTG Pactual (BPAC11)
Mesmo com o ciclo de queda da Selic, Renato Cohn, CFO do BTG, acredita que renda fixa privada seguirá atrativa no ano que vem
Ativos de renda fixa seguirão como boas alternativas para os investidores brasileiros em 2024, mesmo com a Selic em queda, segundo o BTG Pactual (BPAC11).
Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores do BTG, Renato Cohn, pelas perspectivas atuais, a Selic deve passar boa parte do próximo ano ao redor de 10%, o que mantém a renda fixa ainda atrativa.
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“Nível de juros em 10% ainda não é suficiente para provocar grandes migrações”, disse Cohn a jornalistas nesta quarta-feira (8).
A partir de agosto, o Banco Central fez três cortes de 0,5 ponto percentual da taxa básica, que caiu de 13,75% para 12,25% ao ano.
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A autoridade monetária também indicou reduções da mesma magnitude nos próximos encontros, em dezembro e janeiro, respectivamente.
Para Cohn, a partir de então, o BC poderá reavaliar o passo, eventualmente reduzindo o ritmo de cortes.
Sua visão é de que esse ciclo deve aumentar um pouco o apetite dos investidores por outros ativos, como ações. Porém, a renda fixa ainda deve ser o grande motor de crescimento da indústria de gestão no próximo ano, acrescentou.
Balanço
O aumento das receitas em linhas de negócios como emissão de dívida corporativa e gestão de recursos de terceiros foi um dos destaques do resultado do BTG Pactual no terceiro trimestre.
As divisões de gestão de recursos (asset management) e de riquezas (wealth managment) do BTG tiveram no período aumento de receita de 15% e 21%, respectivamente.
Isso deveu-se a maiores taxas de administração e aumento na captação de recursos, principalmente nos produtos de renda fixa, explicou o BTG no balanço.
Cohn afirmou que o interesse por renda fixa privada praticamente já voltou à normalidade, após a crise no começo do ano com a recuperação judicial da Americanas (AMER3) e da Light (LIGT3).
A unit do BTG teve alta de 2,37%. Já o Ibovespa cedeu 0,08%.
Em relatório, o Bank of America reforçou a recomendação de compra para as units do BTG, após comentar que o resultado do terceiro trimestre veio acima das expectativas.