Sentimento de investidores com setor de commodities piorou com crise bancária, diz XP
O noticiário recente envolvendo o setor de petróleo, por exemplo, reduziu o entusiasmo dos investidores com as empresas menores
O cenário para investimentos em empresas que lidam com materiais básicos, como petróleo, minério de ferro e celulose, se deteriorou nas últimas semanas com a crise bancária que se alastra nos Estados Unidos e Europa, diz a XP.
Os analistas André Vidal, Guilherme Nippes e Helena Kelm escrevem que investidores consultados por eles se mostram mais reticentes em comprar ações relacionadas a commodities até que exista maior visibilidade sobre a crise bancária.
“Por outro lado, o cenário macro e político interno brasileiro se deteriorou ainda mais, e os produtores de commodities e sua exposição às receitas atreladas ao dólar fornecem uma proteção importante”, comenta a corretora.
O noticiário recente envolvendo o setor de petróleo reduziu o entusiasmo dos investidores com as empresas menores, como Prio (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3), reduzindo suas exposições às empresas.
“Embora o fim do programa de desinvestimentos da Petrobras (PETR3; PETR4) possa acelerar o processo de consolidação, a falta de visibilidade sobre possíveis negócios e cronogramas torna os investidores menos propensos a negociar ações”, comentam.
Em mineração e siderurgia, as discussões permanecem em torno da força da reabertura chinesa, a sustentabilidade dos preços dos produtos. Há pouca convicção no setor por conta da visibilidade baixa da recuperação da economia da China.
Já as ações de papel e celulose continuam subvalorizadas, na visão dos investidores consultados pela XP, mas a tendência de queda da commodity faz com que investidores esperem por um melhor ponto de entrada.
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