Para onde vão as ações da Cosan, Rumo e Raízen após dança das cadeiras?

CSAN3 desceu 0,68% na semana e acumula perda de 37% no ano

Área de plantação de cana-de-açúcar da Raízen (RAIZ4). Foto: Divulgação
Área de plantação de cana-de-açúcar da Raízen (RAIZ4). Foto: Divulgação

A Cosan (CSAN3) surpreendeu o mercado ao anunciar mudanças na liderança da holding e das subsidiárias que operam na bolsa. Nesse sentido, as ações da Cosan, Raízen (RAIZ4) e Rumo (RAIL3) já sofrem impactos. E são negativos. Ao menos por enquanto.

As mudanças foram as seguintes.

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Marcelo Eduardo Martins, então diretor vice-presidente de estratégia, assume como diretor-presidente da Cosan. Nelson Gomes, que ocupava o cargo, será presidente da Raízen. Já Ricardo Della Aquila Mussa, presidente da Raízen, fica no comando da Cosan Investimentos. E Rafael Bergman, vice-presidente financeiro e diretor de relações com investidores da Rumo, ocupa cargo semelhante na Raízen.

A Raízen desce 1,03% desde segunda-feira (21) e 28% desde o início do ano. Da mesma maneira, a Rumo tem desvalorização de 1% na semana e de 17% desde janeiro.

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Nesse sentido, a holding também sofre. Os papéis da Cosan descem 0,68% na semana e acumulam perda de 37% no ano. Os dados são do fechamento da última quarta-feira (23) e podem, claro, sofrer alterações.

Goldman mantém recomendação neutra para ações da Cosan

Para o Goldman Sachs, o anúncio foi uma “surpresa, dada a magnitude das mudanças em todo o mundo”. O banco mantém recomendação neutra para os papéis da Cosan (CSAN3) e alerta para o fato de já ter havido mudanças na alta administração da empresa há menos de um ano.

Assim, o banco tem preço-alvo de R$ 25,30 para os papéis da Cosan. Já para a Rumo, o Goldman indica compra, com preço-alvo de R$ 26,50 para os próximos 12 meses. O banco não tem preço para Raízen.

Itaú BBA

O Itaú BBA divulgou relatório especificamente sobre a Rumo. Os analistas do banco viram a notícia da mudança como neutra.

O BBA entende como positivo o fato de Bergman ser substituído por outro “executivo experiente que já trabalha dentro do grupo”. O banco se refere a Lelis Bernardo Machado, então vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Compas.

Contudo, “uma mudança na posição C-Level pode não ter necessariamente um impacto positivo na percepção dos investidores”. Assim, o banco destaca que os investidores já estavam “cautelosos quanto às perspectivas de curto prazo da Rumo”.

O preço-alvo do BBA para Rumo (RAIL3) é de R$ 28. Não há menção à Raízen e Cosan.

Citi continua ‘otimista’ com Rumo a longo prazo

O Citi se manifestou e disse que “continua otimista em relação à tese de longo prazo da Rumo”. O banco confia que “as futuras exportações de cereais” seguirão exigindo “infraestruturas logísticas incrementais”.

“No entanto, o curto prazo parece agora turvo pelas incertezas das colheitas e incorporamos mais cautela nas nossas previsões”, pondera o banco.

A avaliação continua atrativa e o Citi mantém rating de compra. Contudo, a Rumo agora cai para o terceiro lugar na lista de preferências do Citi, atrás de Localiza e CCR.

Nesse sentido, o preço-alvo também desce, dos R$ 26,50 projetados anteriormente para os atuais R$ 23.

O banco não se manifestou sobre Cosan e Raízen.

Ativa: mudanças indicam ‘descontentamento’ com resultados

As mudanças na holding e nas subsidiárias indicam que “era preciso que fosse feita uma mudança de rota”. A análise é de Ilan Arbetman, da Ativa. “Havia um descontentamento” dos agentes e stakeholders principalmente com os “resultados das operações”, sugere.

Do ponto de vista de fundamento, o analista diz que ainda não dá para saber se há mudanças sensíveis em cada uma das empresas e diz que “ainda é cedo” para ver qual das empresas vai se sair melhor após a dança das cadeiras.

Ações da Cosan, Rumo ou Raízen: em qual investir?

A Cosan é uma holding e tem uma série de negócios dentro da companhia. Nesse sentido, “ela geralmente é negociada com desconto”, diz Arbetman.

Assim, o desconto está relacionado ao fato de que os negócios estão pulverizados. Por isso, Arbetman diz que é aconselhável optar pela holding quando há confiança em todos os negócios da companhia.

“Outro movimento que pode ser feito por quem gosta de todas as companhias que a holding tem é operá-las de forma avulsa. Contudo, vale lembrar que não será possível abranger todas (as subsidiárias) porque algumas têm capital fechado”, detalha o analista da Ativa.

Mudanças

As mudanças na alta gestão foram anunciadas na segunda-feira (21) e devem ser concretizadas no primeiro dia de novembro.

Por fim, veja mais detalhes sobre como fica a nova composição da Cosan e suas subsidiárias Rumo e Raízen.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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