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Braskem (BRKM5) fecha mais um dia em queda; afundamento de mina reduz velocidade
As ações da Braskem (BRKM5) voltaram a fechar em queda na sessão desta segunda-feira (4) na B3. Isso devido ao desastre ambiental em Maceió (AL) novamente no radar dos investidores. No fechamento do primeiro pregão da semana, os papéis recuaram 0,61%, enquanto o Ibovespa, índice referência do mercado brasileiro, terminou o dia com perda de 1,08%.
A petroquímica ampliou a sequência de baixadas iniciada na semana passada. Apenas nos dois primeiros dias de dezembro, a companhia perdeu quase R$ 2 bilhões na bolsa local.
Alerta máximo continua
No fim da manhã, a Defesa Civil de Maceió informou que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 era de 1,77 metro. Além disso, que a velocidade vertical reduziu para 0,25 centímetro por hora, apresentando um movimento de 6 centímetros nas últimas 24h.
Contudo, citando dados contínuos, incluindo análises sísmicas, o órgão destacou que permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso na área localizada no bairro Mutange.
“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, diz a nota.
‘Solo vem se acomodando’, diz presidente da Braskem
Também mais cedo, o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou que a petroquímica tem feito esforços consistentes para minimizar os impactos ambientais provocados pelo afundamento do solo em Maceió.
O executivo destacou que a empresa identificou a aceleração da instabilidade na região em novembro, a partir de um relatório interno. Em seguida, a empresa compartilhou informações com as autoridades.
“Percebemos a partir de um monitoramento que realizamos, considerado de primeiro mundo, uma mudança no comportamento do solo e imediatamente informamos às autoridades”, Bischoff durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento tradicional do setor químico promovido pela Associação Brasileira de Indústrias Química (Abiquim).
“O bairro já estava desocupado, quem estava na região eram apenas as equipes da Braskem e 23 famílias resistentes que não haviam deixado o local, mas foram retiradas após ordem judicial”, acrescentou.
O executivo afirmou que decidiu falar sobre o tema durante a realização do evento. Isso em função de, segundo ele, haver uma grande quantidade de informações veiculadas nas redes sociais e que não necessariamente são precisas.
“Temos bons indicativos de que o solo vem se acomodando”, disse.
Bischoff disse ainda que nos últimos quatro anos foram realocadas 40 mil pessoas em 14,5 mil imóveis e mais de 97% das propostas de indenização foram aceitas e pagas por meio do Programa de Compensação Financeira (PCF).
Com informações do Estadão Conteúdo
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