Ações de distribuidoras de energia despencam com temores de intervenção em concessões

Neoenergia e Energisa devem ser as mais afetadas no curto prazo, com nove concessões se encerrando nos próximos 8 anos

Estrutura da Neoenergia - Foto: Divulgação
Estrutura da Neoenergia - Foto: Divulgação

As companhias que atuam no setor de distribuição de energia acumulam queda média de 8% desde dezembro, contra desvalorização de 2% do Ibovespa no mesmo período, com temores de intervenção do governo federal na renovação das concessões, mas a princípio não parece ser necessário esse pânico dos investidores, diz o Credit Suisse.

Os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano escrevem que os preços atuais das ações do setor já precificam os riscos envolvendo o processo de renovação, com Neoenergia e Energisa sendo as mais afetadas no curto prazo, com nove concessões se encerrando no período entre 2027 e 2031.

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Decisão do TCU alarmou o mercado

O banco nota que os temores se dão por conta de decisão feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no ano passado pedindo que o governo federal elabore os termos de renovação dos contratos de concessão das distribuidoras de energia. A chegada do novo governo elevou os temores de intervenção.

O banco nota que lei do setor aprovada em 2013 dá a possibilidade de renovação automática das concessões por novo período de 30 anos como forma de garantir segurança energética, eficiência de serviços e tarifas menores. Caso não ocorra essa renovação, as companhias teriam que ser indenizadas.

“Acreditamos que as operadoras atuais devem manter seus contratos atuais com metas regulatórias mais restritas”, afirmam os analistas. Eles acreditam que a não renovação dos contratos seria uma opção controversa e onerosa para o governo federal.

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