Ações do BB (BBAS3) disparam após balanço acima das projeções
Banco teve lucro ajustado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre
As ações ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3) registravam forte avanço na B3 nesta quinta-feira após a instituição financeira registrar lucro ajustado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre deste ano. O valor representa uma alta de 18% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e de 54,8% em 12 meses.
O resultado ficou acima da projeção de analistas, que era de lucro de R$ 6,350 bilhões. Às 14h15, os papéis ON do banco subiam mais de 5%, negociados na faixa de R$ 42.
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‘Briga com pares privados’
O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, afirmou que o patamar de lucro de R$ 7,8 bilhões e retorno sobre patrimônio (ROE) de 20,6% “veio para ficar” e que a briga com os pares privados sobre quem tem a maior rentabilidade “vai ser boa”.
Desde 2012 o BB não superava os resultados dos rivais. “Nós estamos há mais de dez anos lutando para retomar a liderança na questão do ROE, trabalhando duro para recuperar a margem financiera. Seguramente, observando o perfil da nossa carteira e nossa margem, esse patamar de resultado é perfeitamente sustentável. Nos últimos seis trimestres, até mais, temos uma trajetória consistente de resultados sempre crescentes, com índices controlados de inadimplência e com eficiência operacional”, disse em teleconferência.
Antecipação de dividendos
O vice-presidente financeiro do Banco do Brasil, Ricardo Forni, afirmou que o banco entende a demanda da União – acionista controlador – para que a instituição aumente dividendos, mas reforçou que a decisão é sempre técnica e baseada na necessidade de capital para que a carteira do banco continue crescendo.
“Nós já pagamos um payout compatível com bancos privados, é de 40% para todos nossos acionistas”, afirmou o presidente do banco, Fausto Ribeiro. “Precisamos de capital compatível fazer frente ao que está no guidance, para continuarmos emprestando”, reforçou. O capital de Nível 1 do BB caiu para 12,49% em junho, de 12,71% em março e 13,49% em junho de 2021.
Ele disse ainda que o BB já paga dividendos oito vezes por ano. “Somos referência para outras empresas públicas”. O Tesouro também havia pedido que as estatais aumentassem a frequência do dividendo.