Gerdau (GGBR4) fica entre melhores da bolsa apesar de temor sobre tarifação do aço
O bloco de ações em alta no pregão do Ibovespa nesta segunda-feira (10) foi liderado por ativos do setor de educação e siderurgia. Contrárias ao consenso do mercado financeiro que as tarifas sobre aço e alumínio apontadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem prejudicar os principais exportadores das commodities, as ações da Gerdau […]

O bloco de ações em alta no pregão do Ibovespa nesta segunda-feira (10) foi liderado por ativos do setor de educação e siderurgia. Contrárias ao consenso do mercado financeiro que as tarifas sobre aço e alumínio apontadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem prejudicar os principais exportadores das commodities, as ações da Gerdau (GGBR4) dispararam.
Analistas apontam que a Gerdau pode, na verdade, se beneficiar das novas taxas globais a serem impostas pelos Estados Unidos. Isso porque a siderúrgica possui operações nos EUA e pode se beneficiar das taxas para aumentar sua margem de lucro, o que levaria a uma melhora da operação da empresa em geral. As ações da Gerdau ficaram em segundo lugar no ranking de ações em alta no Ibovespa hoje.
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Confira a seguir as principais altas e baixas do índice nesta quarta-feira:
Ações em alta: Cogna (COGN3) lidera, Gerdau (GGBR4) vem atrás
A principal ação em alta no Ibovespa hoje foi a Cogna (COGN3). O papel da empresa de educação e dona da rede de faculdades Anhanguera avançou mais de 5% no índice.
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O impulso ao papel veio de uma elevação por parte do Santander, que revisou estimativas para o setor de educação na bolsa. Assim, o banco espanhol recomendou a compra do ativo.
Para o banco, a Cogna deve cumprir com a meta estabelecida pela própria empresa de lucro operacional (Ebitda) em 2024. A empresa de educação ainda deve reportar seus números cheios de 2024, mas o Santander possui perspectivas positivas para o balanço do ano passado.
Entre ações em alta hoje, as da Gerdau (GGBR4) também foram destaque. O consenso entre analistas do mercado financeiro é de que a siderúrgica deve ser a menos afetada por tarifas dos EUA contra aço e alumínio vindos de fora do país.
Assim, Rodolpho Damasco, head de investimentos offshore da Nomos, afirma que a Gerdau “pode atender à demanda local” dos EUA sem depender de exportações.
O BTG Pactual, contudo, se diz mais cauteloso sobre o papel: “A Gerdau é normalmente vista como beneficiária neste contexto. No entanto, alertamos investidores que ainda não sabemos quanto tempo ou se o fluxo de notícias sobre essas tarifas permanecerá em vigor.”
Para o BTG, os fundamentos da indústria de siderurgia nos EUA “parecem um tanto fracos”.
Veja como a Gerdau ficou no ranking de ações em alta:
- Cogna ON (COGN3): +5,26%
- Gerdau PN (GGBR4): +4,73%
- Gerdau Metalúrgica PN (GOAU4): +3,96%
- CVC Brasil ON (CVCB3): +3,83%
- Magazine Luiza ON (MGLU3): +3,82%
- Braskem PNA (BRKM5): +3,65%
- Yduqs ON (YDUQ3): +3,52%
- Fleury ON (FLRY3): +3,42%
- Cosan ON (CSAN3): +3,34%
- Vibra ON (VBBR3): +3,09%
Em baixa: Automob (AMOB3) abaixo de R$ 0,30
As ações em baixa foram minoria do pregão do Ibovespa. Da lista de 86 ativos, apenas nove registraram recuo nesta segunda-feira.
Na ponta oposta de ações em alta, o papel da Automob passou a valer R$ 0,29, registrando queda de 4% no pregão.
As ações preferenciais de classe B da Copel registraram queda de 0,51%. Enquanto isso, a prévia de resultados de quarto trimestre da Suzano, que anuncia seus números na noite de quarta-feira, teve recepção mista no mercado.
Assim, os papéis da gigante da indústria de papel e celulose cederam 0,12%. O Itaú BBA espera um balanço neutro da Suzano no quarto trimestre, com a alta do dólar fortalecendo vendas de celulose. Ao mesmo tempo, a queda nos preços de papel e celulose pode impactar negativamente o saldo.
Confira as nove ações em baixa:
- Automob ON (AMOB3): -4,00%
- Copel PNB (CPLE6): -0,51%
- Engie ON (EGIE3): -0,25%
- Santos Brasil ON (STBP3): -0,15%
- Suzano ON (SUZB3): -0,12%
- Equatorial ON (EQTL3): -0,10%
- Cemig PN (CMIG4): -0,09%
- Embraer ON (EMBR3): -0,06%
- BTG Pactual UNIT (BPAC11): -0,03%