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As ações da Ultrapar (UGPA3) subiram 3,34% no Ibovespa com o anúncio de sua reorganização societária e novos investimentos. A empresa dona da rede de postos Ipiranga sinalizou mudanças na governança e aumento de capital, o que animou os investidores. Além disso, a construtora MRV (MRVE3) teve alta de 2,66%, impulsionada pelo corte de juros nos EUA, beneficiando o setor de construção.
As ações da holding Ultrapar (UGPA3) subiram mais de 3% nesta segunda-feira e lideraram o bloco de ativos em alta no Ibovespa, principal índice do mercado acionário na bolsa de valores. Os papéis refletiram o ânimo dos investidores com a dona da rede de postos de combustível Ipiranga e da Hidrovias (HBSA3) com a reorganização societária e perspectiva de que a empresa deve investir em alocações de capital pelos próximos anos.
Por outro lado, as ações preferenciais da Azul (AZUL4) desabaram 8% no Ibovespa, mesmo com o dólar em baixa no dia.
Além da aérea, as ações da agência de turismo CVC Brasil (CVCB3) recuaram quase 5%, enquanto os ativos de CSN Mineração (CMIN3) recuaram 4%. Estes foram rebaixados por analistas do Itaú BBA e Bank of America em favor das ações da Gerdau (GGBR4), que subiram.
Confira, a seguir, os destaques de ações em alta e em baixa no Ibovespa.
Ações em alta: UGPA3, MRVE3 e mais
No campo positivo, a Ultrapar (UGPA3) assumiu o principal destaque do dia.
Em seu dia com investidores realizado na última sexta-feira (6), executivos da companhia se comprometeram em reestruturar a organização societária do grupo. Isso significa, na prática, uma atuação de governança diferente da atual, focada na alocação de investimentos entre companhias já dentro da holding.
A Hidrovias (HBSA3), por exemplo, recebeu aumento de capital privado de mais de R$ 1 bilhão da Ultrapar.
O destaque do evento, de acordo com o BofA, foi a mudança esboçada no conselho de administração da Ultrapar. O quadro, assim, será composto por Marcos Lutz, CEO da Ultrapar, o CFO Rodrigo Pizzinatto, o diretor-executivo de cada subsidiária do grupo e mais dois corpos independentes.
“A mudança provavelmente vai aumentar a autonomia de cada negócio, assim como permitir uma tomada de decisão mais ágil e melhorar o foco operacional”, diz a equipe liderada pelo analista Leonardo Marcondes. O BofA tem recomendação neutra para a ação.
Já as ações da construtora MRV (MRVE3), segunda no ranking de ativos em alta no Ibovespa, subiram após o BTG Pactual indicar que o corte de juros nos EUA pode beneficiar a empresa.
Em evento com executivos da MRV, o time de análise do BTG destacou que a construtora “está confiante para atingir o guidance de 2025 a 2024″.
Outro destaque foram as vendas do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Executivos da MRV apontaram forte comercialização desse tipo de imóvel, além de ampliação de margens da empresa.
As ações da aérea continuam pressionadas pela renegociação da dívida no exterior. A Azul disse, então, que estuda “diversas modalidades de negócio para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado”.
A aérea confirmou na última sexta-feira (6) que estuda captar mais recursos através do Fundo Nacional de Aviação Comercial (FNAC). Além disso, planeja usar seu braço logístico, a Azul Cargo, como garantia. De acordo com nota, a subsidiária estaria avaliada em US$ 800 milhões no mínimo.
Na visão da analista e sócia da AVG Capital, Hemelin Mendonça, a confirmação de tratativas por parte da Azul levou à queda. “A empresa está enfrentando dificuldades de entrada de caixa, o que pode levar a uma eventual recuperação judicial”, diz a especialista.
Outra ação em queda foi a da CSN Mineração (CMIN3). O papel foi rebaixado pelo Itaú BBA de “neutro” para “venda”. O banco de investimentos justificou o corte sob “uma visão mais fraca” para a produção de aço na China.
Assim, o Itaú BBA rebaixou o preço-alvo de CSN Mineração ON de R$ 6,00 para R$ 5,70. Ao mesmo tempo, elevou as ações da CSN Siderúrgica “venda” para “neutro”.