Melhores ações de 2023: CSN Mineração sobe 118% e lidera; Petrobras avança 91% e fica no Top 5
Veja as ações que mais subiram e as que mais caíram em 2023 entre as que compõem o IBOV
A lista de ações em alta desta quinta-feira (28), último pregão de 2023, traz os papéis que tiveram os melhores desempenho do Ibovespa. O principal índice da bolsa fechou o ano com alta de 22%, no maior patamar da história. Nesse sentido, vale ressaltar a Yduqs, além das empresas de commodities CSN Mineração, que liderou os ganhos, e Petrobras, que é destaque por ser uma empresa já valorizada que tem testado os patamares mais altos dos seus papéis.
Por outro lado, o Pão de Açúcar desidratou na bolsa e teve a pior queda do ano.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Veja a lista das ações que mais subiram e mais caíram na bolsa em 2023 entre os papéis que compõem o Ibovespa. Além disso, confira os motivos das altas de Petrobras, CSN Mineração e Yduqs.
Melhores ações de 2023
- CSN Mineração (CMIN3) +118,11%
- Yduqs (YDUQ3) +117,67%
- Ultrapar (UGPA3)+113,10%
- Cyrela (CYRE3)+89,31%
- Petrobras (PETR4)+91,17%
Piores
- Pão de Açúcar (PCAR3) -41,50%
- Petz (PETZ3)-38,47%
- Minerva (BEEF3)-37,75%
- Méliuz (CASH3)-33,19%
- Alpargatas (ALPA4)-33,07%
Yduqs (YDUQ3) lidera lista de ações em alta em 2023
Com relação a Yduqs, “as ações são sensíveis a juros então a gente viu uma boa valorização em 2023, principalmente no segundo semestre, onde tivemos uma previsibilidade melhor na queda da taxa de juros. Assim, a companhia também trabalhou para desalavancar suas contas. Isso é bem positivo”, diz Gustavo Biserra, analista da Nova Futura Investimentos, que prevê tendência de alta para os papéis também em 2024.
Últimas em Ações
Para Acilio Marinello, coordenador de MBA na Trevisan Escola de Negócios, a “Yduqs foi uma grata surpresa neste ano”. Principalmente porque teve “uma estratégia muito acertada na captação de novos alunos, na retenção dos antigos e, principalmente, na redução da inadimplência”.
As iniciativas surtiram efeitos nos resultados trimestrais, que melhoraram progressivamente e, 2023. “Isso mostra o resultado do trabalho sério que o grupo vem fazendo em todas as suas marcas, desde a Estácio, mais voltado para classes C e D, com aumento de ingressantes, também para suas marcas de cursos de tíquetes mais elevados, como cursos de medicina e negócios. É realmente um trabalho muito sólido”, complementa Marinello.
CSN Mineração (CMIN3)
Biserra destaca que a holding dona da CSN teve alta acima das médias móveis rápidas e conseguiram capturar o fluxo comprador em benefício à bolsa brasileira. “Além disso, os papéis foram impulsionados pela alta do minério de ferro e surfaram bem o rali de fim de ano”, avalia o analista da Nova Futura, que também prevê uma continuidade das altas para 2024, acima das médias rápidas.
Marinello destaca “investimentos robustos” feitos pela companhia de mineração e siderurgia, que tem “elevado a produção, o que contribuiu bastante com a holding como um todo, trazendo valorização principalmente no último trimestre”. Segundo o especialista da Trevisan, as perspectivas para os próximos anos seguem muito positivas, com a empresa mantendo altos os níveis de investimento.
Petrobras (PETR4)
Os preços das ações da Petrobras seguem num nível importante e tem uma resistência forte que anteriormente foi testada e trouxe o papel para a casa dos R$ 33. “E essa região dos 37, onde o papel está agora, mantém a expectativa de que para 2024 a empresa deve buscar os R$ 41 ou R$ 42, onde grandes players trabalham com preço-alvo”, afirma Biserra.
Nesse sentido, para o especialista da Nova Futura, as margens seguem saudáveis, com a empresa digerindo bem a redução do preço do diesel, anunciada nesta semana. “No pregão de hoje, não veio uma venda forte. Dessa maneira, o preço do papel segue acima das médias rápidas, o que aponta tendência de alta para 2024”, avalia.
Marinello lembra que a Petrobras teve um início de 2023 atribulado, com algumas dívidas em relação à nova gestão e possíveis interferências políticas. “Porém, a política de preços foi praticamente mantida, mesmo com os conflitos internacionais, com a Petrobras aumentando a produção”.
Além disso, o guidance dos próximos anos apresentou um plano e investimento chamado pelo especialista da Trevisan de “coerente e realista”. Isso afetou positivamente o preço dos papéis, “com a confiança dos investidores melhorando também depois das mudanças nos ratings por agências internacionais, o que também atraiu capita estrangeiro”, complementa.