Bancos revisam projeções para Eneva (ENEV3) com aumento das reservas de gás natural

Itaú BBA, BTG e UBS BB projetam cenários para as ações da Eneva para os próximos meses

Complexo Paranaíba, instalação da Eneva em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão
Complexo Paranaíba, instalação da Eneva em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão

A Eneva (ENEV3) atualizou os volumes de suas reservas de gás natural e, na Bacia do Parnaíba, as reservas provadas e prováveis (2P) aumentaram de 29,5 bilhões de metros cúbicos em 2021 para 33,1 bilhões de metros cúbicos em 2022. Isso fez com que os bancos atualizassem suas recomendações e preços-alvo para ações da empresa

O UBS BB reduziu o preço-alvo de 12 meses para os papéis da Eneva de R$ 18 para R$ 15 e manteve a recomendação neutra. O valor representa um potencial de alta de 20% sobre a cotação atual.

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“Ainda temos uma visão favorável da previsibilidade de receita da Eneva, principalmente receita fixa, do modelo de negócios exclusivo reservatório-to-wire (R2W) e sobre histórico de alocação de capital, que historicamente criou valor”, comenta o analista Giuliano Ajeje.

Por outro lado, ele destaca que um cenário macro deteriorado, preços de energia mais baixos de curto a médio prazo e catalisadores nebulosos à frente justificam a recomendação e o preço-alvo da casa.

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BTG

Os analistas do BTG João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende escrevem que o aumento se deve a um adicional de 4,4 bilhões de metros cúbicos no campo de Gavião Mateiro e baixo consumo de gás, refletindo a forte pluviosidade e, portanto, o baixíssimo despacho térmico ao longo do ano.

Além disso, ressaltam os analistas, as reservas na Bacia do Amazonas ficaram estáveis, e serão utilizadas para suprir Jaguatirica II, já operacional, Azulão I, com previsão de início de operação em 2026, e Azulão II, previsto para iniciar as operações em 2027.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações da Eneva, com preço-alvo de R$ 16, potencial de alta de 29,8% ante o valor negociado no momento na B3.

Itaú BBA

A principal notícia positiva dos relatórios de reservas da Eneva, sobre a revisão para cima das reservas provadas e prováveis na Bacia do Parnaíba, supera as expectativas e reforçam a capacidade da empresa de gerar crescimento substancial e consistente de reservas nos últimos anos, diz o Itaú BBA.

Os analistas Marcelo Sá, Felipe Andrade e equipe escrevem, em relatório, que a Eneva teve muito sucesso em suas campanhas exploratórias ao longo últimos anos, com alto nível de reposição das reservas de gás, e está em uma posição confortável para atender a demanda das usinas de Parnaíba.

Os relatórios de reserva da Eneva não mostram nenhuma nova descoberta na Bacia do Amazonas desde a última certificação, e mesmo assim a empresa conseguiu aumentar sua participação no Amazonas significativamente nos últimos anos, dizem os analistas. Na Bacia do Solimões, por sua vez, há grandes quantidades de recursos de gás, mas ainda difíceis de monetizar no curto prazo.

Por fim, os analistas dizem que a Eneva é uma empresa de qualidade alta e trajetória robusta em alocação de capital, mas ainda enfrenta uma difícil perspectiva de curto prazo.

O Itaú BBA tem recomendação neutra para as ações da Eneva, com preço-alvo de R$ 16,80, potencial de alta de 34% ante o valor negociado no momento na B3.

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