Infracommerce (IFCM3) triplica prejuízo líquido no 4º trimestre, para R$ 71,5 milhões
Infracommerce, que opera e-commerces de grandes indústrias como Ambev, Nike e Samsung, tem registrado forte oscilação na bolsa
A Infracommerce (IFCM3), empresa de tecnologia, teve prejuízo líquido de R$ 71,5 milhões no quarto trimestre de 2022, quase 3 vezes a perda líquida de R$ 24,5 milhões em igual período de 2021.
Os valores referem-se aos atribuídos aos acionistas controladores e foram publicados em demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira (17).
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A receita líquida somou R$ 261,8 milhões no período de outubro a dezembro do ano passado, aumento de 58,2% sobre a receita de R$ 165,5 milhões em igual período de 2021.
O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 19,2 milhões no último trimestre do ano passado, aumento de 221% ante o Ebitda de R$ 6 milhões no mesmo período de 2021.
Ações
As ações da Infracommerce, que opera e-commerces de grandes indústrias como Ambev, Nike e Samsung, vem registrando forte oscilação na bolsa, frequentemente ocupando posições entre as melhores e piores ações do pregão.
Na sessão da quinta, a empresa fechou cotada a R$ 2,05. Nos últimos cinco dias, o resultado é de perda de quase 14% no valor das ações.
O Citi tem recomendação de compra para a empresa, com preço-alvo em R$ 6,50. Os papéis fecharam cotados em R$ 2,04 na quinta-feira (16).
Dados anuais
No ano de 2022, a companhia teve prejuízo líquido de 264,9 milhões, 7 vezes acima da perda líquida de R$ 39,1 milhões em 2021. A receita líquida teve aumento de 111%, para R$ 891,3 milhões, ante o ano anterior, e o Ebitda teve aumento de 234,5%, para R$ 56,8 milhões.
Citi: rentabilidade melhora, mas receita está pressionada
A Infracommerce conseguiu expandir margens no quarto trimestre, impulsionadas pelo seu resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima do esperado, mas as tendências de receitas continuam incertas, diz o Citi.
Os analistas Gabriel Gusan e Karina Salva Martins escrevem que a desaceleração do mercado de comércio eletrônico e a redução no consumo afetam diretamente as operações da companhia.
O lado positivo é que a Infracommerce está gerando ganhos com sinergia e reforçando sua lucratividade com menores despesas. A expansão na base de clientes também foi um bom indicador no trimestre.