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Ações ordinárias ou preferenciais: qual comprar?
A regra é clara: grandes investimentos são sinônimos de grandes retornos… ou grandes perdas. Por isso, é natural ter algumas dúvidas e inseguranças quando o assunto é investimento em ações. Afinal, o que é mais vantajoso: ações ordinárias (ON) ou as preferenciais (PN)?
Então, vamos começar bem pelo começo. Ações são uma pequena fração do capital social de uma empresa. Ao comprar uma uma ação, o investidor se torna um acionista, podendo ou não ter participação nas decisões tomada sobre os rumos dos negócios. Por isso, é essencial entender não apenas o seu perfil de investidor, como principalmente, as diferenças entre as ações ordinárias e preferenciais. Acompanhe:
Ações Ordinárias (ON) dão direito a voto em assembleia
A principal diferença entre ações ordinárias e preferenciais é que as ordinárias permitem que os acionistas influenciem diretamente nas decisões da empresa, por exemplo, votando em assembleias.
Assim, esta modalidade dá ao investidor o direito ao tag along, que protege o acionista em caso de venda do controle da empresa. Então, ele pode vender suas ações por, no mínimo, 80% do valor oferecido ao acionista controlador.
Entre os benefícios estão o potencial de valorização a longo prazo, com maior volatilidade, porém o recebimento de dividendos pode ser menos previsível comparado às ações preferenciais e, em caso de falência, acionistas quem tem ações ordinárias não tem prioridade para receber o reembolso do valor que investiu na compra dos ativos.
Ações Preferenciais (PN)
Já neste caso, o acionista não tem direito ao voto direto na empresa, o que limita a influência nas decisões. Porém, o minoritário é prioritário no recebimento de dividendos e no reembolso do capital, em caso de liquidação da empresa.
Esta opção é boa para investidores que buscam renda estável e previsível, já que tendem a serem mais líquidas, facilitando sua negociação no mercado.
Diferença na rentabilidade
Além das diferenças conceituais e do tipo de perfil de investidor que cada modelo se adapta melhor, existe também uma diferença na rentabilidade de cada ação. Vamos pegar como exemplo a Petrobras.
A PETR3 (que é uma ON) tem maior potencial de valorização em momentos de recuperação ou crescimento da empresa, além de serem, geralmente, mais voláteis em comparação às ações preferenciais. Sem contar que menor liquidez no mercado quando comparadas às ações preferenciais.
Já a PETR4 (PN) te dá prioridade no recebimento de dividendos e no reembolso em caso de liquidação, além de tenderem a ser mais líquidas. A valorização é geralmente menor que as ordinárias, mas podem superar as PETR3 em momentos específicos (por exemplo, na alta acumulada de quase 50% em 2023).
Concluindo: qual é melhor ON ou PN?
Trocando em miúdos é possível dizer que a PETR3 acompanha investidores que buscam valorização no longo prazo e participação em decisões enquanto a PETR4 tem o perfil de quem prefere maior liquidez e estabilidade nos dividendos.
Este é um exemplo. Você deve, então, levantar dados da empresa que está de olho, observar as teses e os múltiplos que ela quer alcançar – caso ela dê guidance. Cruzar essas informações com seu perfil de investir, prazo e objetivos. E, aí sim, ver o que vale mais a pena para seu bolso.
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