Goldman Sachs vê desconto nas ações da Renner e chance de alta de até 60%

O banco mantém a sua indicação de compra para as ações das Lojas Renner, com um preço-alvo de R$ 33

Foto: divulgação
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A recente queda nos preços das ações das Lojas Renner (LREN3) abre um ponto de entrada interessante para os investidores, disse o Goldman Sachs nesta quarta-feira (11). Os ativos estão sendo negociados a 14 vezes o preço/lucro em 2023, de acordo com os cálculos do banco, o que representa um amplo desconto para sua própria média de dez anos de 23 vezes o P/L.

Para o Goldman Sachs, essa diferença mais do que compensa o perfil de crescimento mais baixo e o plano de expansão mais arriscado da empresa.

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O banco mantém a sua indicação de compra para as ações das Lojas Renner, com um preço-alvo de R$ 33, uma valorização de mais de 60% em relação ao preço atual. Por volta das 15h45 desta quarta, as ações eram cotadas a R$ 20,61.

Forte queda no trimestre

Nos últimos três meses, os papéis das Lojas Renner acumularam uma desvalorização de 35%, frente a queda de quase 4% do Ibovespa.

O banco explica que esse recuo nos preços está relacionado ao ajuste de expectativas dos investidores para as vendas de curto prazo e os resultados de serviços financeiros em meio a um cenário macroeconômico adverso e fatores atípicos, como as paralisações para Copa do Mundo e o clima mais frio do que o esperado para esta época do ano.

Revisões negativas de lucro atrapalharam

O Goldman Sachs comenta que as revisões negativas dos lucros das Lojas Renner nos últimos trimestres contribuíram para a diminuição da confiança do investidor, mas a expectativa é que os resultados da empresa se estabilizem a partir de agora.

“Ainda vemos espaço para crescimento de lucro por ação de 8% ano a ano em 2023, impulsionado por crescimento de receita de 10% e expansão de margem diante da normalização nas pressões de custo de insumos e diluição de despesas fixa”, escreve o Goldman Sachs em relatório assinado pelos analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

“O resultado ainda deve ser ligeiramente compensado por maiores despesas financeiras e maior alíquota efetiva”, completa.

O crescimento das vendas deve começar no quarto trimestre, segundo as expectativas do banco. Essa percepção é baseada na informação da operadora de shoppings Multiplan, divulgada em 4 de janeiro, de que as lojas âncoras de vestuário em seus shoppings cresceram as vendas nas mesmas lojas em 25% em comparação com o quarto trimestre de 2019, pré-pandemia.

“Entre o primeiro e terceiro trimestre de 2022, o crescimento das vendas mesmas lojas sobre 2019 reportado pelas lojas âncoras de vestuário da Multiplan foi em média 500 pontos-base acima do geral das Lojas Renner, diferença que acreditamos ser explicada pelo nível de tráfego/qualidade dos shoppings da Multiplan”, diz o Goldman Sachs

Supondo que a diferença permaneça em um nível similar no quarto trimestre, isso implicaria um crescimento de vendas mesmas lojas de 20% para a Renner em comparação com o quarto trimestre de 2019, em linha com nossa expectativa”, acrescenta o texto.

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