Vale segue como preferida, mas CSN e Gerdau podem ser boas apostas, diz Santander
Os setores de mineração e siderurgia devem enfrentar meses difíceis, mas alguns gatilhos em potencial no início de 2023 podem aparecer para impulsionar as ações de algumas empresas do setor. Essa é a análise do Santander para o setor.
O banco ressalta ainda que a perspectiva de melhora na atividade econômica na China deve aumentar a procura por metais.
Nesse cenário, algumas empresas terão desempenho melhor na Bolsa, como Vale, Gerdau e CSN. A Usiminas, por outro lado, deve enfrentar mais dificuldades.
Gerdau
O banco elevou o preço-alvo de Gerdau (GGBR4 e GGBR3) de R$ 33 para R$ 36, potencial de alta de 22,5%.
O banco reiterou recomendação de compra para Gerdau.
CSN
A Gerdau deve continuar usando sua diversificação geográfica para manter resultados, enquanto a CSN (CSNA3) tem boa exposição em cimentos.
Para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o Santander reduziu a projeção de preço de R$ 26 para R$ 20, potencial de alta de 44,8%, mas manteve a recomendação de compra.
Usiminas
Já a recomendação para Usiminas (USIM3 e USIM5) foi reduzida, de compra para neutro, e o preço-alvo caiu de R$ 14,50 para R$ 9, potencial de alta de 18,2% sobre o fechamento da última sexta-feira.
Um cenário com mais desafios, com poucos gatilhos para produtores de aços planos, deve manter resultados mais fracos para a Usiminas por algum tempo.
Vale é a preferida
Os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola mantêm a preferência por Vale (VALE3) no setor, vendo um risco-retorno atrativo nas ações com a perspectiva do minério de ferro se manter acima dos US$ 100 a tonelada no primeiro semestre de 2023, o que vai deixar os dividendos elevados.
O Santander tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 18 para os recibos de ação (ADR) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 19%. Também tem recomendação de compra para CSN Mineração, com preço-alvo em R$ 5, potencial de alta de 38,8%.
Metais básicos
Sobre metais básicos, o banco enxerga melhores perspectivas para cobre, combinando demanda e oferta restrita, o que elevou os preços do metal no mercado internacional. O lítio tem mais risco, apontam os analistas, com a demanda por montadoras de veículos elétricos dependente da atividade econômica.
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