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Vale (VALE3) busca recuperação em 2024: é hora de comprar as ações da mineradora?
Depois de cair 15,6% no primeiro semestre, a Vale (VALE3) iniciava a segunda metade de 2024 com tendência positiva. Os papéis da mineradora fecharam em alta de quase 2% nesta quarta-feira (3), a R$ 64,18, com valorização acumulada acima de 3% nos primeiros pregões de julho.
Mesmo com as perdas somadas no ano ainda superiores a 10%, as ações da empresa estão entre as apostas do mercado financeiro para ter na carteira. Os papéis estão entre os recomendados para julho nos portfólios de BB Investimentos, Itaú BBA, Safra e BTG Pactual.
Antes, para o investidor ter no radar, a Vale definiu as atas de divulgação de desempenho no 2º trimestre de 2024. Os dados de produção e venda saem em 16 de julho, após o fechamento do mercado. Enquanto o balanço financeiro está previsto para o dia 25 deste mês, também no encerramento dos negócios.
O que esperar da Vale no 2T2024?
Para o BB Investimentos, apesar da continuidade das incertezas em relação ao ambiente externo, em especial sobre o cenário macroeconômico na China e seu enfraquecido setor imobiliário, a Vale segue sendo destaque por sua evolução operacional com controle de custos. Assim como mostra uma alocação de capital disciplinada sem deixar de entregar um elevado nível de retorno ao acionista.
“A Vale divulgará o resultado do 2T24 no dia 25/07, o qual esperamos que seja ligeiramente positivo, apoiado em volumes, preços de minério de ferro. E custos estáveis na comparação anual, bem como no câmbio favorável”, aponta o banco. “Com relação às negociações para o acordo de reparação de Mariana, após rejeição da proposta anterior, a Vale enviou uma contraproposta às autoridades públicas no valor financeiro de R$ 140 bilhões, que ainda está em análise”, acrescenta o banco.
Além disso, anota o BB-BI, a Vale anunciou recentemente avanços nas pautas de sucessão do CEO, com a divulgação do resultado da apuração independente que concluiu que a governança da companhia foi respeitada no processo. Bem como nas licenças operacionais das minas de Onça Puma e Sossego, com a assinatura de acordos visando restabelecimento das licenças e a retomada das operações.
VALE3: preferida no setor de mineração
No caso do Itaú BBA, as ações da mineradora têm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 71,00. Ou seja, o papel pode voltar ao patamar de 8 de janeiro de 2024 e praticamente zerar as perdas no ano.
“A Vale é a nossa ação preferida no setor de mineração e siderurgia diante de melhores perspectivas para mineração. Espera-se que os preços do minério de ferro continuem em torno de US$ 115-120/tonelada, trazendo uma potencial valorização para as nossas estimativas de US$ 110/tonelada para o preço médio em 2024”, avalia o BBA.
“Além disso, esperamos que as principais discussões da Vale (renovação das concessões das ferrovias e o Acordo Samarco/Mariana) sejam resolvidas no curto prazo. Assim, acreditamos que pode haver catalisadores significativos para o preço da ação no curto prazo”, indica o banco de investimentos.
Dividendos da Vale
Bem como a expectativa de recuperação no ano, a distribuição de dividendos também aparece entre os fatores listados pelos bancos nas carteiras de ações recomendadas para julho. Sobretudo Safra e BTG destacam a mineradora com bom potencial de pagar proventos aos acionistas.
“Devemos ver uma melhora gradual do mercado imobiliário chinês com estímulos do governo, o que poderia dar suporte para os preços do minério de ferro. A empresa deve continuar a gerar um fluxo de caixa sólido e manter níveis atrativos de remuneração aos acionistas”, registra o Safra. “Adicionalmente, o prêmio de qualidade para o minério tende a se manter próximo do nível atual, devido à busca por maior eficiência e elevados padrões ambientais das siderúrgicas”, prossegue o banco.
“Em meio a todas as manchetes que cercam a empresa ultimamente, a Vale reportou um conjunto de resultados em linha com o esperado no 1T24 e mostrando (algum) progresso em sua unidade de minério de ferro. Ainda preferimos esperar um pouco mais para obter visibilidade sobre alguns dos riscos. No entanto, acreditamos que a dinâmica dos resultados melhorou no curto prazo”, avalia o BTG.
“Esta parece ser uma boa história de crescimento dos resultados no 2T e esperamos que a administração continue reduzindo o risco operacional da empresa. Analisando o valuation, acreditamos que as ações permanecem descontadas e yields de dividendos mais próximos de 10%. Acreditamos que ainda há alguma redução de risco a ser precificada nas ações após os desenvolvimentos recentes (principalmente macro)”, completa a instituição.
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