Ações da Via (VIIA3) despencam após resultados e analistas destacam margem pressionada

Empresa divulgou prejuízo líquido de R$ 163 milhões no 4º tri e reverteu lucro do ano anterior

Unidade da Casas Bahia, varejista que pertence à Via - Foto: Divulgação
Unidade da Casas Bahia, varejista que pertence à Via - Foto: Divulgação

As ações da varejista Via (VIIA3) registram forte queda na bolsa nesta sexta (10), com os resultados de quarto trimestre da Via vieram mais fracos do que o esperado. Análise da XP apontou receita voltando a crescer e geração de caixa robusta, mas margens ainda pressionadas.

A empresa divulgou prejuízo líquido de R$ 163 milhões no 4º tri e reverte lucro do ano anterior. Com isso, por volta das 15h, as ações desvalorizavam 7,21%, cotadas a R$ 1,80.

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Para os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, da XP, o faturamento foi impulsionado pelas lojas físicas, beneficiadas com recuperação do fluxo e maior conversão de vendas.

No entanto, margem bruta e Ebitda apresentaram retração na comparação anual, devido à forte base de comparação com o quarto trimestre de 2021, por conta de créditos fiscais, e também desalavancagem operacional.

Projeções para as ações

A XP tem recomendação neutra para Via, com preço-alvo em R$ 3, potencial de alta de 54,6% sobre o fechamento de ontem.

O BB Investimentos mantém a recomendação neutra para as ações e o preço-alvo de R$ 3,30, potencial de alta de 89% sobre a cotação atual, a R$ 1,74.

BB: 4º tri misto

A Via reportou resultados mistos no quarto trimestre de 2022, comenta o BB Investimentos em relatório.

Apesar de reconhecer alguns avanços importantes, como o controle do capital de giro e a estabilização das vendas do marketplace, o banco diz que a margem operacional inferior no comparativo anual e a retração das vendas no canal em lojas próprias (1P) foram pontos negativos.

Segundo a analista Georgia Jorge, as ações da Via acumulam queda de 19,2% desde início do ano até o último fechamento, refletindo a preferência dos investidores por companhias expostas ao varejo de bens não cíclicos menos alavancadas, o que leva a um menor impacto da taxa de juros no resultado financeiro.

“Apesar de observamos avanços na operação da Via, ainda nos mantemos conservadores em relação à capacidade da companhia em crescer de forma saudável todos os seus canais de vendas com manutenção de margens operacionais nos patamares atuais”, afirma a analista.

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