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Ações da Americanas: saiba o que vem pela frente após AMER3 afundar a R$ 0,14
As ações da Americanas (AMER3) derreteram 57,6%, a R$ 0,14, na quinta-feira (15), liderando as quedas do mercado na B3. O tombo veio após a publicação dos resultados de 2023 e dos seis primeiros meses deste ano. Bem como da entrada em circulação dos papéis decorrentes do aumento de capital recente.
Apesar de terem passado por sucessivos leilões, causados pela volatilidade do ativo, as ações da varejista chegaram a cair para R$ 0,09 na mínima do dia, ante o fechamento anterior de R$ 0,33. E o volume negociado ficou em R$ 173 milhões, 84,6% acima dos R$ 93,7 milhões movimentados na quarta-feira (14).
AMER: novo prejuízo bilionário
Na véspera, a Americanas, que está em recuperação judicial, divulgou que teve prejuízo de R$ 2,27 bilhões em 2023. Contra perdas de R$ 13,2 bilhões no ano anterior. Já no segundo trimestre de 2024, o prejuízo da Americanas chegou a R$ 1,86 bilhão, alta de 48,1% na comparação anual. Nos primeiros três meses do ano, a companhia teve lucro de R$ 433 mil.
Com as publicações, a companhia fica em dia com as obrigações de divulgação das suas demonstrações financeiras, algo que não acontecia desde que ela iniciou a sua recuperação judicial, no início de 2023.
Além disso, os auditores independentes também voltaram a emitir, pela primeira vez, uma opinião sobre o balanço desde que a empresa começou a renegociar suas dívidas com credores.
O contador Robinson Meira, da BDO, escreveu que as demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada da varejista. O auditor externo também deu ênfase à continuidade operacional da Americanas, chamando atenção sobre o patrimônio líquido negativo e para o prejuízo acumulado, dizendo que as demonstrações financeiras pressupõem o sucesso da recuperação judicial.
Grupamento de AMER3
Agora, começaram a circular as ações decorrentes do aumento de capital de R$ 24,5 bilhões homologado no fim de julho. Metade foi subscrita por credores e outra parte relevante pelos acionistas de referência da empresa.
No entanto, o valor baixo das ações não deve durar. No próximo dia 26 de agosto será efetivado o grupamento dos papéis da companhia na proporção de 100 para 1. Considerando o valor atual dos papéis, o valor de cada ação passaria de R$ 0,14 para R$ 14.
Com informações do Valor Econômico
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