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É possível investir na Aramco? Empresa vai pagar US$ 31 bi em dividendos após resultados do 2º tri
O lucro líquido da petrolífera Aramco superou expectativas no segundo trimestre. A empresa anunciou que planeja pagar US$ 31 bilhões em dividendos ao governo saudita e aos seus acionistas. Embora a empresa não seja listada na bolsa de valores brasileira é possível investir em suas ações.
A gigante estatal da Arábia Saudita divulgou nesta terça-feira (6) que teve um lucro líquido de US$ 29 bilhões, abaixo dos US$ 30,8 bilhões reportados no mesmo período do ano passado.
O resultado foi superior aos US$ 27,7 bilhões que o mercado havia previsto, de acordo com uma estimativa mediana fornecida pela empresa. O lucro foi impulsionados pelos preços robustos do petróleo, compensando os menores volumes vendidos e margens de refino mais fracas em comparação com o ano anterior.
“Nossos fortes resultados refletem nossa resiliência e capacidade de adaptação aos ciclos de mercado”, disse o diretor-presidente da Aramco, Amin H. Nasser.
É possível investir na Aramco?
Sim, é possível. Por meio do BDR de ETF listado no Brasil, que possui ações da petrolífera em sua composição. O fundo que segue o mercado saudita está disponível no Brasil por meio do BDR BKSA39.
A má notícia é que o investidor terá uma exposição de apenas 6,37% na petrolífera. Isso por que há outras empresas com peso maior na composição do ETF. Outras duas empresas que têm peso maior que a Aramco são os bancos Al Rajhi, com 12,73% de participação, e The Saudi National Bank, com 8,90%.
O que explica o bom desempenho da Aramco?
Os preços do petróleo melhoraram em relação ao primeiro trimestre. Houve diminuição da pressão inflacionária, forte crescimento sazonal e queda nos estoques de petróleo, segundo a empresa.
A Aramco, uma das empresas mais valiosas do mundo, declarou um dividendo base de US$ 20,2 bilhões para o segundo trimestre e um dividendo vinculado ao desempenho de US$ 10,8 bilhões.
Arábia Saudita: maior exportador de petróleo do mundo é sede da Aramco
A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, depende dos pagamentos da Aramco para financiar os megaprojetos do reino, que incluem uma cidade de última geração sendo construída no deserto e uma companhia aérea global, além da diversificação de sua economia além do petróleo.
O governo também arrecadou US$ 12,3 bilhões em uma venda de ações da Aramco em junho para impulsionar essas ambições, bem como investimentos em novas indústrias sob seu plano Visão 2030.
Perspectiva de seguir crescendo
A Aramco pretende expandir seu portfólio global de gás natural liquefeito. Este ano, assinou vários acordos com produtores do gás super-resfriado, incluindo a NextDecade do Texas e a Sempra, com sede na Califórnia.
A companhia vê um forte crescimento impulsionado pela demanda por gás, à medida que o mundo continua sua transição energética, com a commodity sendo um combustível vital e matéria-prima em várias indústrias.
A gigante dos combustíveis fósseis reafirmou que espera declarar um total de US$ 124 bilhões em dividendos para o ano.
A maioria das grandes petrolíferas globais registrou lucros do segundo trimestre superiores às previsões do mercado. ExxonMobil, Shell e BP superaram as expectativas, com a maior empresa dos EUA registrando um de seus maiores lucros trimestrais de todos os tempos, graças à produção recorde. A Chevron, por sua vez, teve um desempenho abaixo das expectativas, pois os ganhos do refino foram afetados por margens mais fracas.
A Aramco teve uma produção trimestral de hidrocarbonetos de 12,3 milhões de barris equivalentes de petróleo, uma queda de 8,9% em relação ao ano passado.
O fluxo de caixa das operações, outra métrica amplamente observada, caiu para US$ 31 bilhões, em comparação com US$ 33,6 bilhões.
Há pouco, as ações da Aramco subiam 1,68% na Tadawul.
Com informações do Valor Econômico.
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