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Ativa vê balanços dentro do esperado; saiba quem agradou e quem decepcionou no 2º trimestre
As empresas brasileiras entregaram resultados em linha com o esperado no segundo trimestre, diz a Ativa Investimentos, em relatório antecipado ao Valor. Os números não trouxeram decepções muito grandes, principalmente nas companhias que compõem o Ibovespa, e confirmam que não devem acontecer revisões baixistas pelo mercado.
Os analistas liderados por Pedro Serra, gerente de pesquisa da Ativa, escrevem que a soma do lucro de mais de 200 empresas listadas mostra que os patamares seguem elevados, apesar de leve queda ante o primeiro trimestre, puxado pelas commodities. Já as margens, principalmente de empresas domésticas, apresentam normalização.
“Em relação ao endividamento, a alavancagem das empresas já havia apresentado elevação no primeiro trimestre, e, no segundo trimestre, a tendência se manteve, em parte explicada pela alta dos juros, afetando a ‘rolagem’ das dívidas”, explicam. Companhias de setores não cíclicos são as de alavancagem mais alta.
Entre os destaques positivos, a Ativa chama atenção para Petrobras, impulsionada pelo preço do petróleo e boa execução da sua diretoria, além do setor de varejo de moda (Lojas Renner, Arezzo&Co e Grupo Soma), com sinais de recuperação, Magazine Luiza , afastando rumores de dificuldade de geração de caixa, e Hapvida.
Entre os destaques negativos, os analistas apontam Vale, com desempenho operacional fraco no segundo trimestre e pressionado pela queda nos preços do minério, Natura &Co, que teve “mais um trimestre ‘para esquecer’”, com queima de caixa no período, e Sabesp, que viu aumento de custos mitigar alta nos volumes e tarifas.
Serra afirma que, em termos de múltiplo preço-lucro, o Ibovespa ainda negocia em níveis muito abaixo do histórico, apesar da recuperação recente, reafirmando que a bolsa está barata. Após revisões altistas de alguns meses para cá, o lucro esperado não deve sofrer reduções.
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