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Auxílio volta a fazer preço e Bolsa fecha em queda; dólar sobe para R$ 5,62
Após novo pregão volátil, o Ibovespa fechou em queda de 0,62%, aos 105.705 pontos, nesta quinta-feira (28). O dólar comercial subiu 1,25%, a R$ 5,6248. O dólar turismo está a R$ 5,787.
A aversão a risco do mercado brasileiro está relacionada à possibilidade de extensão do auxílio emergencial, cogitada por membros do governo de Jair Bolsonaro, no caso de rejeição do Congresso à PEC dos Precatórios. A última parcela do benefício instaurado em razão da pandemia de Covid-19 foi paga em outubro e o novo Auxílio Brasil, previsto na PEC, entraria em vigor em novembro. O projeto, porém, tem enfrentado resistência na Câmara dos Deputados, onde teve a votação adiada para semana que vem.
Investidores temem um aumento de despesas governamentais fora do teto de gastos, como no caso de uma prorrogação do auxílio emergencial. O teto é tido como a âncora fiscal do Brasil e o seu desrespeito pode passar uma imagem de descompromisso fiscal ao mercado, o que geraria uma retirada de capital do país.
Alta nos juros
Na véspera, o Banco Central subiu a Selic em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano. O ajuste e o comunicado divulgado pela autoridade não deixaram o mercado confortável em relação à inflação. Alguns economistas previam um aumento de 2 pontos percentuais e esperavam uma visão mais cética do BC quanto ao risco fiscal, uma vez que veem o teto de gastos como rompido, dada a manobra fiscal da PEC dos Precatórios para financiar o Auxílio Brasil.
Como efeito, o dólar voltou a ganhar força nesta quinta. O real ficou ainda mais pressionado com os rumores da prorrogação do auxílio emergencial.
Os juros futuros também voltaram a registrar fortes altas, deixando a renda fixa mais atrativa.
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