Bradesco (BBDC4) tem lucro de R$ 5,2 bi no 3º trim, 22,4% abaixo das projeções

Despesas com provisões para devedores duvidosos saltaram quase 40%

Agência do Bradesco: banco é um dos maiores do Brasil - Foto: Daniel Wainstein/Valor Econômico
Agência do Bradesco: banco é um dos maiores do Brasil - Foto: Daniel Wainstein/Valor Econômico

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,223 bilhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 25,8% na comparação trimestral e de 22,8% em relação a igual período do ano passado. O ganho ficou abaixo das previsões dos analistas consultados pelo Valor PRO, de R$ 6,732 bilhões.

Já o resultado contábil foi positivo em R$ 5,211 bilhões no terceiro trimestre, queda de 26,3% ante o trimestre anterior e de 21,6% em 12 meses.

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A carteira de crédito expandida atingiu R$ 878,571 bilhões ao fim de setembro, com alta de 2,7% no trimestre e de 13,6% na comparação anual. As despesas com provisões para devedores duvidosos somaram R$ 7,267 bilhões, com alta de 36,8% no trimestre e de 13,6% mesma base de comparação. O índice de inadimplência ficou em 3,9% no terceiro trimestre, de 3,5% no segundo e 2,6% no terceiro trimestre do ano passado.

Em nota, o Bradesco informou que o trimestre foi de “desafios com desempenho resiliente nas receitas”. “As principais razões para esse resultado foram o desempenho da margem financeira com mercado, que foi negativamente afetada pelo nível atual da Selic, o aumento da PDD Expandida causado pelo cenário de inadimplência, o reforço da PDD complementar e o impacto da deflação do IPCA no resultado financeiro de seguros”, informou o banco.

A receita de serviços somou R$ 8,856 bilhões no trimestre, queda de 1,3% no trimestre e alta de 1,1% em 12 meses. As despesas operacionais subiram 7,7% na margem, a R$ 12,4 bilhões. Houve alta de 4,5% em 12 meses.

O Retorno sobre patrimônio (ROE) atingiu 13%, de 18,1% no segundo trimestre e 18,6% no terceiro trimestre de 2021. O índice de Basileia ficou em 15,8%, alta de 0,2 p.p no trimestre.

Provisão para inadimplência

O Bradesco revisou apenas um item do seu guidance para este ano. A projeção para os gastos com provisões para devedores duvidosos (PDD) passaram da faixa de R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões para R$ 25,5 bilhões a R$ 27,5 bilhões. Nos nove primeiros meses do ano, elas somaram R$ 17,4 bilhões.

A projeção para a expansão da carteira ampliada de crédito foi mantida em 10% a 14%. O realizado em nove meses foi de 13,6%. Para o aumento da margem com clientes ficou em 18% a 22%, ante um realizado de 23,4%. Para receita de serviços, ficou em 4% a 8%, ante um realizado de 4,8%. Para despesas operacionais, ficou em 1% a 5%, ante um realizado de 4,6%. Para o resultado de seguros, ficou em 18% a 23%, ante um realizado de 32%.

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