Lucro, anúncio de dividendos e mais: as projeções dos bancos para o balanço da Petrobras (PETR4) no 2º trimestre de 2024

A Petrobras divulga os resultados operacionais relativos ao período de abril a junho de 2024 na quinta-feira (8), depois do fechamento do mercado

Refinaria da Petrobras (PETR3; PETR4). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Refinaria da Petrobras (PETR3; PETR4). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Ainda que a receita registrada pela Petrobras (PETR4) no segundo trimestre aponte para um aumento, os ganhos da companhia devem ser afetados pelo acordo tributário feito com a União em junho, segundo analistas de bancos. Conforme a média calculada pelo Valor com base em estimativas de cinco bancos, a receita da petroleira deve aumentar 9,8%, mas a estatal deve ver o lucro cair em 49,4%. Além dos resultados, os analistas esperam ainda que a Petrobras aprove distribuição de dividendos.

A Petrobras divulga os resultados operacionais relativos ao período de abril a junho de 2024 na quinta-feira (8), depois do fechamento do mercado.

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PETR4 no 2T2024: o que esperar?

A reportagem compilou projeções de: Itaú BBA, UBS BB, BTG Pactual, Ativa Investimentos e Citi. A média aponta que a Petrobras deve alcançar receita de R$ 125 bilhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 9,8% ante os R$ 113,8 bilhões de igual período de 2023.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) deve ser de R$ 65 bilhões, aumento de 14,7% na comparação anual em relação aos R$ 56,7 bilhões de abril a junho de 2023.

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Enquanto o lucro líquido tem média de R$ 16,8 bilhões, queda de 41,6% ante os R$ 28,8 bilhões do segundo trimestre do ano passado.

Os bancos consideram que o acordo de pagamento de R$ 19,8 bilhões do acordo de transação tributária que a Petrobras fechou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em 17 de junho deve afetar nos resultados desse trimestre.

O volume corresponde ao fim dos litígios da estatal com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) relativos à tributação de remessas ao exterior para pagar afretamento de embarcações. O valor fechado tem desconto de 65% em relação ao passivo original, de R$ 44,79 bilhões.

A Petrobras será ressarcida pelos parceiros das unidades envolvidas no caso, que representam 13% do valor a ser pago. Até 19 de julho, a estatal havia conseguido adesão de R$ 2,2 bilhões, que corresponde a 11% do contencioso total.

O analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, reforça que, ainda que gere impacto sobre a divulgação do trimestre, o acordo com o Carf foi positivo para a Petrobras, uma vez que o valor a ser pago antes seria de R$ 44,79 bilhões.

Para o BTG Pactual, o balanço da Petrobras não deve surpreender os investidores: “Apesar de um aumento trimestral de 4% nos preços do Brent e de uma desvalorização do real de 5%, esperamos que uma produção mais baixa, juntamente com ‘crack spreads’ [margem de lucro sobre os combustíveis] reduzidos e descontos mais elevados em relação ao preço de paridade de importação, resultem num desempenho global mais suave.”

A produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras no segundo trimestre somou 2,664 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia), o que corresponde a uma alta de 2,3% na comparação com igual período de 2023. Na base trimestral, houve queda de 2,8%.

Dividendos da Petrobras

O BTG Pactual, conforme o relatório divulgado em 29 de julho, espera que a Petrobras anuncie US$ 2,9 bilhões em dividendos.

Nos cálculos do Itaú BBA, o pagamento de proventos será de US$ 2,1 bilhões. Para a Ativa, a distribuição de dividendo deve ser de R$ 1,05 por ação, o equivalente a R$ 13,7 bilhões.

O UBS BB espera ainda que a Petrobras anuncie o pagamento do restante dos dividendos extraordinários de 2023, de R$ 21,9 bilhões.

Em assembleia de acionistas em abril deste ano, a estatal decidiu que pagaria metade dos proventos extraordinários de R$ 43,9 bilhões e guardaria a outra metade para distribuir quando assim decidisse.

Para o Citi, a Petrobras continuará gerando bom nível de fluxo de caixa operacional, mas prováveis projetos de fusões e aquisições em avaliação podem reduzir futuros pagamentos de dividendos.

O banco espera US$ 2,6 bilhões em dividendos ordinários e faz coro à expectativa de pagamento dos 50% restantes dos extraordinários do ano passado.

Com informações do Valor Econômico

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