Magalu (MGLU3) enxerga loja física puxando retomada e alívio sobre despesas em 2024

Resultados do Magazine Luiza no último tri de 2023 mostraram recuperação

Frederico Trajano, do Magazine Luiza. Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo
Frederico Trajano, do Magazine Luiza. Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

As lojas físicas serão o principal foco de crescimento de vendas para 2024. Essa é uma das principais projeções apresentadas pelos executivos do Magazine Luiza (MGLU3) durante teleconferência referente ao balanço do quarto trimestre do ano passado.

Esse segmento vinha perdendo espaço em comparação aos canais digitais, mas é a principal esperança para a companhia acelerar a expansão do seu marketshare diante do aumento do poder de compra dos brasileiros.

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“Há oportunidade muito grande para loja física agora, muito espaço ainda para melhoria (dos resultados nesse segmento)”, disse Fred Trajano, CEO do Magazine Luiza.

Ao longo do quarto trimestre do ano passado, o Magalu registrou R$ 17,9 bilhões em vendas totais, aumento de 17% contra o mesmo período de 2022.

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Assim, o marketplace cresceu 10% enquanto as vendas nas lojas físicas avançaram 4%, com espaço para crescimento maior em 2024, na avaliação da companhia, que preferiu não fazer projeções exatas sobre o quanto devem aumentar as vendas para este ano.

A empresa reverteu o prejuízo registrado no último trimestre de 2022 e divulgou lucro líquido ajustado de R$ 101,5 milhões no mesmo período do ano passado.

Mais vendas em mesmas lojas

Apesar disso, no primeiro trimestre deste ano, o Magalu fechou 23 lojas e não há planos de abertura massiva de novos pontos de venda físicos.

“A gente tem oportunidade de captura de marketshare, mas dá pra ganhar (mercado) com as lojas abertas hoje. Portanto, não há nenhum plano de expansão do parque de lojas”, disse Fabrício Garcia, vice-presidente Comercial e Operacional do Magalu.  

Balaço do Magazine Luiza no 4T23 aponta alívio nas despesas para 2024

Então, as despesas com rescisões e obrigações trabalhistas, entre outras, por ocasião do fechamento das lojas neste primeiro trimestre de 2024 já foram provisionadas no ano passado.

Isso, segundo os executivos da empresa, alivia as obrigações para o primeiro trimestre deste ano.

Além disso, a companhia decidiu, no último trimestre de 2023, antecipar o pagamento de fornecedores, o que deve colaborar para uma “despesa financeira muito baixa” no trimestre encerrado agora, em março.

Já no primeiro trimestre do ano passado o movimento do Magazine Luiza foi oposto, tendo que antecipar cerca de R$ 2 bilhões de recebíveis para pagar fornecedores.  

“Antecipamos pagamentos no quatro trimestre. Então, a variação no primeiro trimestre vai ser menor, colaborando para (redução das) despesas em 2024, acompanhando também a queda do CDI e estrutura de capital mais forte”, explicou a empresa.

Auditoria concluída

Os executivos ressaltaram que o trabalho de auditoria externa, realizado no ano passado, após inconsistência nos números no terceiro trimestre de 2023, foi concluído “sem nenhuma ressalva”.

A auditoria havia feito ressalvas em novembro, após denúncia anônima ter levantado suspeita de rombo de R$ 830 milhões. O caso foi apurado pela CVM, em um processo administrativo, mas sem implicações ao Magalu.  

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