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Bank of America está animado com Brasil, exceto Vale (VALE3); entenda o motivo
Empresas citadas na reportagem:
Brasil sim, Vale (VALE3) não.
Esse é o resumo do relatório que o Bank of America divulgou nesta quarta-feira (4) sobre suas expectativas para ações latino-americanas nos próximos meses.
“Estamos overweight (acima da média do mercado) no Brasil, dada nossa visão construtiva para atividade (econômica) e nível de preços das ações”, informa o relatório da equipe de estratégia para América Latina do BofA, David Beker.
Para o banco, se o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) confirmar as previsões e cortar o juro do país, isso pode ser positivo para os mercados da região.
“Achamos que o Brasil pode ser um beneficiário de taxas globais mais baixas”, diz trecho do documento.
O Fed deve decidir sobre juro em 18 de setembro.
A expectativa do mercado é por um corte de até 0,5 ponto na taxa americana, hoje de 5,25% a 5,5% o ano.
Simultaneamente, a economia brasileira vem mostrando nível de crescimento acima das expectativas, com alta de 1,4% no segundo trimestre.
“Apesar da falta de novos compradores (para as ações), os fundamentos no país são relativamente fortes”, escreveu Beker.
Além disso, “os preços das ações seguem descontadas e as empresas continuam a mostrar recuperação de lucros”, acrescentou.
Varejo e bancos sobem, Vale (VALE3) desce
Nesse sentido, a preferência do BofA na bolsa brasileira é pelos setores de bancos (Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, B3) e varejo (Lojas Renner, Vivara, Azzas).
Em contrapartida, os estrategistas do BofA reduziram a participação de Vale (VALE3) em sua carteira para a região, de média do mercado para abaixo da média.
O motivo? A expectativa de baixo crescimento econômico da China, principal mercado da mineradora brasileira.
“Também vemos uma perspectiva pouco inspiradora para o minério de ferro”, afirmou o BofA, citando a queda de 34% do preço do produto neste ano.
Assim, confira abaixo a atual composição da carteira de ações brasileiras do banco de investimentos norte-americano:
Empresa | Setor | Participação na carteira |
Azzas | Consumo | 4% |
Lojas Renner | Consumo | 4,5% |
Vivara | Consumo | 4% |
JBS | Alimentos | 4% |
Petrobras PN | Petróleo e gás | 17% |
Bradesco | Financeiro | 4% |
B3 | Financeiro | 6% |
Santander Brasil | Financeiro | 3,5% |
Itaú Unibanco | Financeiro | 10,5% |
BTG Pactual | Financeiro | 6% |
Localiza | Indústria | 4,5% |
Embraer | Indústria | 5% |
Rumo | Indústria | 5% |
Vale | Commodities | 8% |
Sabesp | Serviços públicos | 5,5% |
Eletrobras | Serviços públicos | 8% |
Pouca inspiração nos vizinhos, exceto Argentina
Adicionalmente, na região, o BofA segue otimista com Argentina (classificação acima da média), devido ao cenário macroeconômico.
Em relação ao México, a exposição se mantém na média, dado que a atividade econômica forte é ofuscada em parte por ruídos políticos.
Sem nenhum catalisador para o curto prazo e também vulnerável a turbulência política, o Chile tem exposição abaixo da média pelo BofA.
Por fim, o banco prefere ficar sem exposição ao Peru e à Colômbia.
Leia a seguir
- Ações em Alta
- Azzas 2154 (AZZA3)
- B3 (B3SA3)
- Bank of America
- Bradesco (BBDC3, BBDC4)
- BTG Pactual (BPAC3, BPAC5, BPAC11)
- Eletrobras (ELET3, ELET6)
- Embraer (EMBR3)
- Itaú (ITUB3, ITUB4)
- JBS (JBSS3)
- Localiza (RENT3)
- Lojas Renner (LREN3)
- Petrobras (PETR3, PETR4)
- Rumo (RAIL3)
- Sabesp (SBSP3)
- Santander (SANB3, SANB4, SANB11)
- Vale (VALE3)
- Vivara (VIVA3)