BB Seguridade (BBSE3) ou Caixa Seguridade (CXSE3)? Veja em qual investir pelos dividendos

Entre as ações de seguradoras listadas na bolsa de valores, tanto BB Seguridade (BBSE3) quanto Caixa Seguridade (CXSE3) anunciaram dividendos bilionários aos acionistas após os resultados financeiros do quarto trimestre.

Mas, para os analistas, a seguradora do Banco do Brasil deve entregar proventos maiores em 2025, considerando metas de crescimento de lucro para este ano apresentadas pela própria empresa na última segunda-feira (19).

O mercado aponta que as ações da companhia devem pagar dividend yield acima de 10% em 2025. Já a Caixa Seguridade pode entregar menos margem nos proventos, e, por outro lado, expandir o lucro acima da concorrente.

Dividendos de BB Seguridade (BBSE3): o que esperar para 2025?

O braço de seguros do Banco do Brasil agradou analistas após a divulgação de seu balanço do quarto trimestre.

Entre agosto e dezembro, a companhia registrou lucro líquido de R$ 2,1 bilhões. Considerando o resultado no segundo semestre, a BB Seguridade (BBSE3) anunciou o pagamento de R$ 7,1 bilhões em dividendos.

Três analistas consultados pela reportagem se dizem mais otimistas com o pagamento de dividendos da ação da BB Seguridade (BBSE3). Nesse sentido, a companhia deve voltar à margem de yield que foi paga em 2023, durante um cenário de estresse da taxa de juros. Naquele ano, o dividend yield de BBSE3 foi 9,04%.

Ao divulgarem resultados e dividendos, a BB Seguridade “se sobressaiu em relação à Caixa Seguridade”, afirma Alexandre Plates, analista da Faz Capital. O valor do provento anunciado pela companhia do BB corresponde a 5,82% do valor da cotação atual.

Vale destacar que a BB Seguridade faz pagamentos semestrais ao investidor. “Foi um dividendo bem agressivo e que relembra a estratégia da BB em 2023, quando foi uma forte pagadora”, diz Plates.

Ao mesmo tempo, em relação ao crescimento para este ano, a diretoria da BB Seguridade (BBSE3) apresentou projeções mais conservadores, conforme avalia Marco Saravalle, CEO da MSX Invest.

“A arrecadação com prêmio de seguros deve crescer cerca de um dígito este ano. O guidance, pelo menos para BB Seguridade, aponta para uma faixa de expansão entre 2% e 7%, que é um número bem modesto”, diz Saravalle.

Margem de dividendos da Caixa Seguridade (CXSE3) para 2025

Já a perspectiva para a Caixa Seguridade (CXSE3) após os resultados do quarto trimestre é de um pagamento de dividendo por ação de um dígito em 2025.

Analisando a capacidade de crescimento dos lucros, a Caixa Seguridade apresenta perspectivas maiores, com possível lucro líquido de R$ 4,4 bilhões em 2025. Isso reflete crescimento consistente nos prêmios e resultados financeiros positivos passados.

Em 2024, o braço de seguros da Caixa atingiu lucro líquido gerencial de R$ 3,76 bilhões. Para este ano, Yallon Mazuti, analista da Cenário Capital, projeta uma linha final de R$ 4,4 bilhões.

“Analisando a capacidade de crescimento dos lucros, a Caixa Seguridade apresenta perspectivas maiores”, pondera Mazuti. “Isso porque há uma tendência de crescimento consistente nos prêmios de seguros e resultados financeiros positivos passados”, afirma.

Até o final do ano, a Caixa Seguridade (CXSE3) deve pagar 8,7% do valor das ações no Ibovespa em dividendos.

Em qual ação vale a pena investir pelos dividendos?

Então, analistas afirmam que a BB Seguridade (BBSE3) é a ação preferida do setor para receber dividendos. Eles apontam que BB Seguridade deve apresentar balanço com maior variedade nos negócios do que a Caixa Seguridade.

Dessa maneira, quanto aos dividendos, as duas devem pagar margens parecidas aos acionistas, mas a BB Seguridade leva ligeira vantagem.

“Para investidores cujo foco principal é a obtenção de dividendos, eu recomendo BB Seguridade”, diz Mazuti. Ele justifica a escolha ao assinalar dividend yield de 10,9% em 2025.

Para Plates, a ação da empresa do BB “têm múltiplos mais atrativos” que a de Caixa Seguridade (CXSE3).

“Acho que ela tem maior margem para aumentar dividendos. Além disso, a BB Seguridade (BBSE3) tende a atravessar melhor a alta dos juros”, conclui Plates.