BofA diz gostar da resiliência de bancos brasileiros, mas reduz preços-alvo

Confira as novas estimativas da instituição estrangeira para Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual e outros

Bank of America. Foto: Stephanie Keith/File Photo/Reuters
Bank of America. Foto: Stephanie Keith/File Photo/Reuters

O Bank of America (BofA) divulgou relatório com sua visão para os bancos brasileiros. Segundo os analistas, apesar do cenário macroeconômico desafiador, a maioria dos bancos tem operações resilientes e alguns estão com preços descontados.

Em geral, eles mantiveram suas recomendações, mas reduziram os preços-alvo para a grande maioria dos papéis, em função de um aumento na estimativa de custo de capital.

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O BofA tem recomendação de “compra” para quatro bancos: Itaú (ITUB4), cujo preço-alvo foi reduzido de R$ 40 para R$ 38; Banco do Brasil (BBAS3), que passou de R$ 34 para R$ 33; Santander (SANB11), de R$ 36 para R$ 34; e BTG (BPAC11), de R$ 45 para R$ 40.

Já a recomendação é neutra para outros quatro: Bradesco (BBDC4), cujo preço-alvo caiu de R$ 16 para R$ 15; Pan (BPAN4), que foi de R$ 9,4 para R$ 10; ABC (ABCB4), de R$ 27 para 24; e Banrisul (BRSR6), de R$ 15 para R$ 12.

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“Continuamos gostando dos grandes bancos de varejo do Brasil, nomeadamente Banco do Brasil, Itaú e Santander. Na nossa opinião, a combinação de receitas diversificadas, funding abundante, boa capacidade de controlar custos e balanços sólidos dos bancos fazem deles um porto seguro durante condições de mercado voláteis”, dizem os analistas.

De acordo com o relatório, o mau desempenho das ações no acumulado deste ano colocou os valuations em linha com a média histórica de 10 anos para o Itaú e o BB, e bem abaixo para o Santander e o Bradesco.

“Porém, ainda vemos o Bradesco com vários desafios de execução, o que nos impede de ficarmos mais otimistas”.

Segundo os analistas, o crédito deve começar a acelerar mais fortemente – especialmente no Santander – mas ainda assim pode ser difícil para alguns bancos cumprirem os guidances divulgados no início do ano.

“Para o Bradesco, estamos preocupados com o fato de o crescimento da margem financeira estar abaixo das expectativas, embora as provisões estejam abaixo da orientação. Na direção oposta, a margem do BB está acima do guidance, enquanto as provisões estão superando as expectativas. As tendências operacionais do Itaú, por outro lado, estão atendendo às orientações, exceto no que diz respeito ao crescimento dos empréstimos”.

Com informações do Valor Econômico

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