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BofA eleva preços-alvo para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) diante de alta nos preços de papel e celulose
Empresas citadas na reportagem:
O Bank of America (BofA) atualizou as suas recomendações sobre as ações da Klabin (KLBN11) e da Suzano (SUZB3), incorporando os resultados do primeiro trimestre a alta global do preço de papel e celulose.
A indicação sobre as ações da Klabin passou de neutra para compra, com o preço-alvo subindo de R$ 24 para R$ 28, acompanhando as projeções do banco de um Ebitda maior para a companhia no ano.
Como parte significativa do resultado da Klabin vem da celulose, o BofA acredita que a empresa deve se beneficiar pela alta da commodity no mercado internacional. A demanda saudável na China e forte na Europa vem sendo impulsionada por perturbações na cadeia de fornecimento da indústria e pelos baixos estoques.
Além disso, os preços do papel kraftliner acumulam alta de 3,5% no ano, após ter dois anos de queda, que levaram ao patamar mínimo de US$ 715 por tonelada na Europa.
O BofA também destaca que houve uma melhora nas perspectivas para o mercado brasileiro de papelão para contêineres ao longo dos últimos meses e as preocupações com o excesso de estoque de papelão ondulado em toda a cadeia de abastecimento têm diminuído.
KLBN11
Outro ponto que deve impulsionar o resultado da Klabin é a desvalorização do real frente ao dólar, já que metade das receitas da companhia são em moeda americana, enquanto apenas 17% dos seus custos são dolarizados. Assim, o BofA calcula que para cada R$ 0,10 de desvalorização, o Ebitda da Klabin aumenta em R$ 113 milhões.
A conclusão da aquisição dos ativos florestais do projeto Caete, prevista para o terceiro trimestre de 2024, também deve ajudar na redução de custos de materiais e investimentos da Klabin, avalia o BofA.
Na visão do banco, isso pode trazer surpresas positivas para as projeções da companhia, fazendo com que o custo de caixa por tonelada fique em R$ 3 mil na média do ano, abaixo dos R$ 3,1 mil estimados pela empresa.
SUZB3
Já no caso da Suzano, o BofA elevou o preço-alvo para as ações R$ 80 para R$ 84, mantendo a indicação de compra. O banco acredita que a empresa também deve se beneficiar dos preços mais altos da celulose e da desvalorização do real.
Por outro lado, o excesso de fusões e aquisições nas ações decorrente da estratégia da Suzano para internacionalizar e diversificar seus produtos e mercados de atuação são um risco para a tese de investimentos da companhia, comenta o banco.
Com informações do Valor Econômico
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