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Bolsa brasileira está atrativa para estrangeiros? J.P. Morgan avalia
Os investidores estrangeiros ainda aguardam anúncios de políticas estruturais no Brasil para ter mais confiança na bolsa brasileira, mas “as perguntas estão ficando mais altas e falta de direção na política fiscal e/ou inflação mais alta pode rapidamente piorar os humores”, afirma relatório do J.P. Morgan.
A equipe do banco visitou os Estados Unidos e, em conversas com agentes econômicos, concluiu que não há “exuberância” dos estrangeiros em relação ao Brasil, ao contrário do que pensam os investidores locais.
De acordo com o relatório, assinado pela estrategista de ações para Brasil e América Latina do banco, Emy Shayo Cherman, estrangeiros tiveram retorno positivo dos investimentos recentes na China, mas não querem ficar muito tempo posicionados no país. “Nesse cenário, o Brasil parece ser mais atrativo em termos relativos do que diversos outros mercados emergentes”, nota o J.P. Morgan.
Eles afirmam, porém, que alguns fatores de curto prazo devem dar mais clareza sobre o mercado local, entre eles a nova regra fiscal, as nomeações para a diretoria do Banco Central e a reforma tributária. “Ouvimos que se o Brasil não mostrar melhora nas políticas, pode se tornar muito difícil de se investir em ações no país.”
Conforme o texto, a visão dos estrangeiros é que o investidor local está “negativo demais”. Eles também acreditam que os juros estão em patamares altos, e se preocupam ainda com o nível da atividade econômica.
Em termos de posicionamento, o estrangeiro não está expressivamente comprado em bancos. Papéis ligados à energia, como Petrobras, estão mais no radar. Para o futuro, eles buscam papéis que foram prejudicados pelo ciclo de alta de juros e podem se beneficiar de um possível afrouxamento monetário, como Lojas Renner, e fintechs (Nubank, PagSeguro e XP), entre outros.
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