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Ibovespa fecha semana em alta de 0,66%, apesar de pregão negativo com PETR4 e VALE3
A bolsa de valores hoje fechou em queda depois de iniciar o dia no positivo, mas o desempenho ruim não foi suficiente para derrubar o resultado semanal. Por outro lado, o dólar encerrou a sessão desta sexta (9) e a semana em queda.
A cautela dominou o mercado brasileiro na véspera do feriado prolongado de Carnaval. Além disso, há feriado de uma semana na China por conta do Ano Novo Lunar, o que reduz as movimentações na bolsa.
Hoje, o desempenho das ações relacionadas a commodities empurrou o Ibovespa para baixo. Nesse sentido, as petroleiras 3R (RRRP3), Prio (PRIO3), PetroRecôncavo e Petrobras caíram em bloco.
Da mesma maneira, no setor de siderurgia e mineração, Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) registraram perdas.
Assim, Ibovespa fecha a sessão em queda de 0,15%, a 128.025,70 pontos. Nesta sexta, o principal índice da bolsa manteve o desempenho negativo depois da forte queda do pregão anterior. Saiba o que derrubou o Ibovespa na quinta-feira (8).
Na semana, o Ibovespa subiu 0,66%. Por outro lado, no ano, o resultado é negativo: -4,59%.
Dólar hoje
Anteriormente, o dólar havia fechado o pregão em queda. A moeda norte-americana desceu 0,67%, a R$ 4,9613, depois de ter se aproximado dos R$ 5 no pregão anterior.
Na semana, dólar registrou queda de 0,38% em relação ao real.
Da mesma maneira, o DXY, que mede o desempenho global do dólar, recuou 0,05%, a 104,11 pontos.
Ações em alta
Confira as empresas que mais subiram na bolsa.
- Banco Mercantil (BMEB4) +13,34%
- IMC (MEAL3) +11,31%
- Alpargatas (ALPA4) +7,48%
- MRV (MRVE3) +6,87%
- Tenda (TEND3) 6,28%
Ações em baixa
Veja também as companhias com as maiores quedas do dia.
- Grupo SBF (SBFG3) -11,06%
- Agrogalaxy (AGXY3) -9,91%
- Americanas (AMER3) -4,41%
- Vittia (VITT3) -4,07%
- Qualicorp (QUAL3) -3,83%
Os rankings contemplam todas as ações da bolsa, que pertencem ao Ibovespa e outros índices ou não, com volume de negociação acima de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas às 18h07 e podem ter atualizações.
Bolsas mundiais: Nova York
As bolsas de Nova York fecharam sem sincronia nesta sexta-feira, com o S&P 500 alçando um nível inédito acima dos 5 mil pontos no fechamento do pregão, com a propulsão das ações das grandes empresas de tecnologia. Da mesma maneira, o Nasdaq avançou mais de 1%.
Em contrapartida, o Dow Jones não conseguiu acompanhar o movimento e caiu.
No fim da sessão, o S&P 500 fechou em alta de 0,57%, no patamar recorde dos 5.026,61 pontos. O Nasdaq avançou 1,25%, aos 15.990,66 pontos, depois de chegar a alcançar os 16 mil pontos, na máxima intraday, pela primeira vez desde novembro de 2021. O Dow Jones caiu 0,14%, aos 38.671,69 pontos.
Na semana, o S&P subiu 0,04%, enquanto o Nasdaq ganhou 1,37% e o Dow Jones teve variação de +2,31%.
Bolsas mundiais: Europa
As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta sexta-feira, enquanto investidores digerem dados da inflação da Alemanha e dos Estados Unidos, maior economia do mundo e parceiro comercial do bloco europeu.
Também no radar, dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) voltaram a alertar sobre a necessidade de evidências de queda da inflação rumo à meta de 2%, antes do corte de juros ser considerado.
Em Frankfurt, o DAX fechou em queda de 0,22%, a 16.926,10 pontos, mesmo após a pesquisa do Destatis confirmar que a taxa anual do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) da Alemanha desacelerou significativamente em janeiro, a 2,9%.
Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,31%, a 7.571,98 pontos.
Em Paris, a ação da Hérmes saltou 4,80%, depois que a empresa de artigos de luxo superou projeções de lucro e receita em balanço divulgado nesta sexta. O índice CAC fechou em queda de 0,22%, a 7.649,07 pontos.
Entre outras praças europeias, o índice IBEX 35 também recuou 0,09%, a 9.896,60 pontos, em Madri. Por outro lado, o FTSEMIB fechou em alta de 0,30%, a 31.156,06 pontos, em Milão, enquanto o PSI20 subiu 0,28%, a 6.129,95 pontos, em Lisboa. Todas as cotações são preliminares.
Exterior
Além disso, olhos estão atentos aos movimentos na China. “Empresas listadas atendem pedido do governo de incentivar o mercado, e isso pode ser positivo para a volta do feriado”, destaca Alvaro Bandeira, economista e coordenador da Comissão de Economia da Apimec Brasil.
Cenário local
No Brasil, os olhos estão voltados para a operação da Polícia Federal, que prendeu o presidente do Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro. A operação tira o foco sobre as rusgas entre Executivo e Legislativo que marcaram as últimas semanas e a discussão fiscal no país.
“Na volta do feriado, deve ser retomada a discussão de relacionamento entre Executivo e Legislativo”, avalia Bandeira.
Petrobras divulga resultados operacionais
Ainda com foco no Brasil, a Petrobras divulgou os resultados operacionais do quarto trimestre de 2023, que antecedem a divulgação do balanço trimestral com todos os números da empresa.
A produção de óleo e gás da Petrobras (PETR3, PETR4) subiu 10,9% no período.
“Esperamos que a companhia reporte, mais uma vez, resultados fortes no período, sustentados por sólidos números operacionais e um ambiente de preços ainda altos de petróleo e de derivados”, diz a equipe de Equity Research do Itaú BBA.
“Entretanto, o destaque do resultado deve ficar para o potencial anúncio de dividendos extraordinários”, acrescentam os especialistas.
Serviços no Brasil
O volume de serviços domésticos registrou um avanço de 0,3% na transição de novembro para dezembro, proporcional a uma queda de 2% em relação ao mesmo mês de 2022. O resultado vem mais fraco que o esperado.
“Com esse resultado o setor encerra 2023 com um crescimento de 2,3%, o terceiro ano seguido de expansão, mas com a quarta contração consecutiva na comparação interanual, que contava com uma sequência de 30 meses de avanço”, detalha Igor Cadilhac, economista do PicPay.
Serviços às famílias volta ao nível pré-pandêmico
Houve expansão na demanda em três das cinco atividades analisadas na pesquisa. A principal contribuição positiva foi dos serviços prestados às famílias, que cresceu 3,5% e finalmente conseguiu ultrapassar o nível pré-pandêmico.
Em seguida, vieram os transportes (+1,3%) e os serviços de informação e comunicação (+0,2%). Por outro lado, os recuos foram em serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,7%) e os outros serviços (-1,2%).
Com informações do Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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