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Ibovespa fecha em queda de 1,3%, a 125 mil pontos, com Fed e Haddad; dólar sobe a R$ 5,15
O Ibovespa registrou queda firme no pregão de hoje, pressionado pela alta dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a política monetária local, e a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), lida pelo mercado como conservadora, impactaram os negócios.
No fim do dia, o Ibovespa caiu 1,38%, aos 125.650 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.524 pontos, e, nas máximas, os 127.411 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 20,94 bilhões no Ibovespa e R$ 25,80 bilhões na B3.
Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,27%, aos 5.307 pontos, Dow Jones fechou em queda de 0,51%, aos 39.671 pontos, e Nasdaq cedeu 0,18%, aos 16.801 pontos.
Na sessão anterior,a bolsa caiu. Entenda o que motivou os movimentos dos ativos na terça-feira.
Dólar hoje
O dólar comercial exibiu apreciação consistente, em um dia em que o real apresentou um dos quatro piores desempenhos da sessão, do ranking das 33 moedas mais líquidas.
A percepção de risco localmente, ainda, forneceu apoio adicional à moeda americana, em meio a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre política monetária.
Terminadas as negociações de hoje, o dólar comercial registrou alta de 0,78%, a R$ 5,1563, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,1353 e encostado na máxima de R$ 5,1640. Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,46%, a R$ 5,5796.
O real também foi penalizado contra moedas emergentes, caindo 0,30% ante o peso mexicano e 0,38% contra o peso colombiano. Perto das 17h05, no exterior, o índice DXY avançava 0,26%, aos 104,934 pontos.
Hoje dados do Banco Central sobre o fluxo cambial mostraram que em mais uma semana houve saída de capital do país. No período entre os dias 13 a 17 de maio, houve fluxo negativo de US$ 745 milhões, resultado da saída de US$ 650 milhões via conta financeira e de US$ 95 milhões via conta comercial.
Ações em alta
- Gol (GOLL4) 5,69%
- Track&Field (TFCO4) 3,65%
- Recrusul (RCSL4) 2,70%
- Bahema (BAHI3) 2,43%
- Telefônica Brasil (VIVT3) 1,79%
Ações em baixa
- Dasa (DASA3) -10,64%
- Oncoclínicas (ONCO3) -9,37%
- Minerva (BEEF3) -8,65%
- Sequoia (SEQL3) -7,89%
- Locaweb (LWSA3) -7,19%
Os rankings contemplam ações com alto volume, que pertence ou não ao Ibovespa e outros índices. As cotaçõem foram apuradas entre as 17h45 e as 17h52.
Bolsas mundiais: Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em queda, pressionadas pela postura conservadora demonstrada pelos dirigentes do Federal Reserve (Fed) na ata da reunião de 1° de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,51%, a 39.671,04 pontos; o S&P 500 recuou 0,27%, a 5.307,01 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,18%, a 16.801,54 pontos.
A ata do Fomc mostrou os banqueiros centrais muito preocupados com a aceleração da inflação americana no primeiro trimestre, o que fez com que parte deles questionasse o real grau do aperto monetário e cogitasse subir os juros novamente, caso os riscos à inflação discutidos na reunião se materializassem.
Os investidores também operaram hoje à espera do balanço da Nvidia no primeiro trimestre, que deve sair em breve. A ação da companhia caiu 0,46% hoje, enquanto o setor de tecnologia do S&P 500 teve alta conjunta marginal de 0,07%.
Europa
Os principais índices acionários da Europa encerraram a sessão desta quarta-feira (22) em queda, após dados mostrarem que a inflação no Reino Unido desacelerou menos que o esperado em abril, elevando os temores de que Banco da Inglaterra (BoE) tenha que manter os juros mais altos por mais tempo.
O índice Stoxx 600 caiu 0,37%, a 521,04 pontos — os setores automotivo e de minério lideraram as perdas, caindo 1,3% e 2,1%, respectivamente. O DAX, de Frankfurt, recuou 0,36%, a 18.680,20 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 0,61%, para 8.092,11 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,55%, para 8.370,33 pontos.
Divulgado mais cedo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 2,3% na comparação com igual mês do ano anterior, diminuindo significativamente em relação à taxa de inflação de 3,2% registrada em março. Entretanto, o número foi mais alto do que os 2,1% esperados por um consenso de economistas consultados pelo “Wall Street Journal”.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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