Bolsas da Ásia fecham em alta com China e dívida nos EUA no radar

O Banco Popular da China (PBoC) disse que manteve a taxa de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano inalterada em 2,75%

Confira o desempenho dos pregões na China e de outras bolsas asiáticas - Foto: PIxabay
Confira o desempenho dos pregões na China e de outras bolsas asiáticas - Foto: PIxabay

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira (15), enquanto a China continua tomando medidas a fim de impulsionar sua economia. Por outro lado, preocupações com o teto da dívida dos EUA e o setor bancário ainda prejudicam os ativos de risco ao redor do globo.

O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,81%, a 29.626,34 pontos em meio ao enfraquecimento do iene, com ganhos generalizados. Os melhores desempenhos foram da empresa de assistência médica Sysmex e da empresa de alimentos Ajinomoto, as duas subindo 5%.

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A seguradora Dai-ichi Life subiu 4,5%. Shiseido subiu 5,2% depois do lucro líquido do primeiro trimestre dobrar e o Asahi Group avançou 3,4% depois do lucro mais que quadruplicar.

O índice Kospi, da bolsa de Seul, terminou a sessão com alta de 0,16%, a 2.479,35 pontos, encerrando um período de quatro sessões consecutivas de perdas. Os ganhos foram impulsionados por alta nas ações de fabricantes de pneus e de empresas de biotecnologia.

Juros na China

Na China, o banco central manteve suas principais taxas de juros inalteradas nesta segunda-feira, uma vez que os bancos do país começaram a reduzir as taxas de depósito em meio ao estreitamento das margens de juros.

O Banco Popular da China (PBoC) disse que manteve a taxa de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano inalterada em 2,75%, ao mesmo tempo em que injetou 125 bilhões de yuan (US$ 17,96 bilhões) de liquidez por meio do MLF.

O PBoC também manteve a taxa de juros dos acordos de recompra reversa de sete dias estável em 2,00%, ao mesmo tempo em que injetou 2 bilhões de yuan por meio do instrumento.

“Estamos vendo um foco intenso em comprar a história da recuperação da China, inclusive por meio de empresas europeias e norte-americanas com exposição de receita a essa recuperação”, disse Jonathan Garner, chefe da Ásia do Morgan Stanley e estrategista de ações de mercados emergentes.

Índices chineses

Assim, o índice Xangai Composto fechou em alta de 1,20%, a 3.310,74 pontos, antes de dados importantes que serão divulgados ao longo da semana, como dados de vendas no varejo, produção industrial e investimento em ativos fixos, que são divulgados na terça-feira.

Já o Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, subiu 1,75%, a 19.771,13 pontos, com seguradoras e empresas de tecnologia lideraram ganhos.

De acordo com a CMC Markets, além de uma fraqueza impulsionada por preocupações com a falta de demanda na economia chinesa, “o sentimento não foi ajudado pelo teatro político em torno do teto da dívida dos EUA, que dominou o discurso na mídia e onde as discussões foram empurradas para esta semana”, analisa.

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