Bolsas da Ásia fecham em alta com manutenção dos juros no Japão e PIB da China; Seul é exceção

Mercado também avaliou as falas de autoridades chinesas em Davos sobre a perspectiva positiva de crescimento para o país

Circulação de pessoas em Tóquio, no Japão - Foto: Pixabay
Circulação de pessoas em Tóquio, no Japão - Foto: Pixabay

As bolsas da Ásia fecharam a sessão sem uma direção única nesta quarta-feira (18), com os investidores repercutindo a decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter a sua política monetária mais frouxa e a sua faixa-alvo para os títulos do governo japonês.

Os mercados também avaliaram os dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que vieram melhores do que o esperado na terça-feira, e repercutiram os comentários de autoridades chinesas no Fórum Econômico Mundial em Davos sobre a perspectiva positiva de crescimento para o país.

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Japão

Em Tóquio, o índice Nikkei registrou alta de 2,50%, a 26.791,12 pontos, com as ações das companhias farmacêuticas e produtos eletrônicos liderando os ganhos. A Terumo registrou alta de 6,3% e a Chugai Pharmaceutical subiu 5,3%.

O BoJ manteve inalterada a sua política monetária mais frouxa, ao contrário do que que era esperado. A principal taxa de juros do BoJ permanece em -0,1%.

As expectativas de uma mudança de postura da autarquia de longa data, destinada a evitar a deflação, vem crescendo nas últimas semanas.

O BC japonês também decidiu manter sua faixa-alvo para os títulos do governo japonês de 10 anos entre 0,5% e -0,5%. A decisão fez com que o iene registrasse sua maior desvalorização desde junho.

Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, o índice Kospi contabilizou retração de 0,47%, a 2.368,32 pontos, com as ações do setor de defesa e do segmento financeiro liderando o recuo.

O desenvolvedor de radares e comunicações militares Hanwha Systems caiu 3,5% após divulgar balanços corporativos mais fracos do que o esperado. A fabricante de motores de aeronaves Hanwha Aerospace caiu 4,6%, quebrando uma sequência de cinco sessões consecutivas em alta.

O Hana Financial Group teve queda de 2,1%, perdendo terreno pela segunda sessão consecutiva após ganhos recentes.

Hong Kong

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou valorização de 0,47%, a 21.678,00 pontos, com os investidores repercutindo a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que vieram melhores do que o esperado.

De acordo com analistas do CICC, o impacto do aumento das infecções por covid-19 após a reabertura foi relativamente curto e não tão ruim quanto o esperado.

Os comentários do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, no Fórum Econômico Mundial durante a noite, sugerindo que a economia retornará ao crescimento pré-pandêmico este ano, também ajudaram a aumentar a confiança dos investidores.

As ações relacionadas ao setor de consumo e o segmento imobiliário lideraram as quedas, com a Budweiser Brewing Co contabilizando queda de 2,2% e a Country Garden Holdings caindo 6,4%.

China Continental

Na China continental, o índice Xangai Composto registrou estabilidade na sessão de hoje, a 3.224,41 pontos, repercutindo os dados do PIB do quarto trimestre, que foram divulgados na terça-feira e vieram melhores do que o esperado, aumentando as expectativas de que o banco central diminuiria o ritmo de sua política de flexibilização.

O PIB subiu 3% na leitura de janeiro a dezembro de 2022, uma forte desaceleração em relação ao ritmo de 8,1%, que foi registrado em 2021, mas acima do esperado.

O mercado foi apoiado pelos comentários do vice-primeiro-ministro da China, Liu, no Fórum Econômico Mundial durante a noite, sinalizando que a economia chinesa poderia retornar ao crescimento atingindo no período anterior ao da pandemia da covid-19.

A China Tourism Group Duty Free Corp caiu 0,7% e China Vanke teve queda de 1,4%

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