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Bolsas da Ásia fecham em queda com tensão geopolítica; Japão é exceção
As bolsas do continente asiático encerraram a sexta-feira (24) seguindo caminhos mistos, embora, com o mercado reagindo positivamente a notícias sobre a política monetária do Japão, no índice Nikkei, e às tensões entre China e Estados Unidos por conta de Taiwan, que azedaram o clima no índice chinês Xangai Composto.
Já na Coreia do Sul, as perdas no setor de aço e eletrônicos pesaram sobre o índice Kospi, enquanto, em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou no menor nível desde dezembro.
Japão
No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 1,3%, impulsionado pelos ganhos em ações relacionadas a semicondutores, já que os temores sobre o potencial aperto da política do Banco do Japão (BoJ) diminuíram.
Os destaques entre os papéis foram as empresas Advantest, que teve alta de 8,2%, e a Tokyo Electron, que avançou 7,1%. Kazuo Ueda, indicado para ser próximo presidente do Banco do Japão (BoJ), disse que não achava que a taxa de inflação relativamente alta iria durar e disse que o banco central deveria continuar com o afrouxamento de sua política monetária.
Na quinta, o núcleo da inflação do Japão bateu seu maior nível em 41 anos a 4,2% em janeiro. O Japão calcula como núcleo da inflação todos os preços menos alimentos frescos.
China Continental
Na China Continental, o índice Xangai Composto caiu 0,6%, para 3.267,16 pontos, em meio às preocupações sobre a relação entre China e Estados Unidos, após notícias de que os EUA planejam aumentar o número de tropas destacadas para Taiwan.
O Índice Composto de Xangai e o Índice Composto de Shenzhen caiu 0,7%, para 2.140,65 pontos, enquanto o Índice de Preços ChiNext caiu 1,2%, para 2.428,94 pontos.
O foco dos investidores estará nos dados do índice dos gerentes de compras (PMI) da China, que serão divulgados na próxima semana. Os desenvolvimentos relacionados à guerra entre Rússia e Ucrânia também serão observados de perto depois que a China fez um novo apelo por um cessar-fogo e negociações de paz para encerrar a guerra.
Coreia do Sul
Já na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,6%, a 2423,61 pontos, revertendo os ganhos iniciais. O índice perdeu 1,1% na semana, registrando a quarta perda semanal.
As ações de aço e eletrônicos lideraram as perdas da sessão. As siderúrgicas KG Dongbu Steel e Hyundai Steel caíram 4,6% e 3,4%, respectivamente.
A SK Hynix perdeu 1,8% e a Samsung Electronics caiu 1,1% após relatos de que os EUA provavelmente irão limitar a produção de semicondutores por empresas sul-coreanas na China.
Hong Kong
Por fim, em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda 1,7% para 20010,04 pontos, marcando seu menor nível de fechamento desde o final de dezembro e o quarto declínio semanal consecutivo, antes da publicação dos dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos referentes ao mês de janeiro.
“Os agentes do mercado não vão querer ver as pressões de preços dos EUA começarem a subir novamente, dada a fragilidade dos mercados de ações”, disse Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC Markets, em um e-mail.
As perdas no índice de referência HSI foram lideradas por empresas de tecnologia. A NetEase caiu 11%, o Alibaba Group caiu 5,4% e a JD.com caiu 4,75%. O índice Hang Seng Tech caiu 3,3%, fechando em 4.010,66 pontos.
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