Xangai, Hong Kong e Seul fecham em alta com possível redução da política de covid zero na China
Tóquio foi exceção, com queda de 0,48% por conta da cautela dos investidores em relação às perspectivas de crescimento global
As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira, repercutindo a possibilidade de um relaxamento na política de covid zero na China após diversos protestos ao redor do país em oposição as medidas restritivas, apesar do aumento de casos de covid-19.
O setor de bens e consumo foi impulsionado pela notícia e o segmento imobiliário chinês teve forte alta após as autoridades do país asiático facilitarem o financiamento para o setor.
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Japão
A exceção foi Tóquio. O índice Nikkei encerrou a sessão com queda de 0,48%, a 28.027,84, por conta da cautela dos investidores em relação às perspectivas de crescimento global.
A Toyota Motor caiu 1,4%, embora suas vendas e produção globais em outubro tenham excedido o nível do ano anterior.
Entre outras montadoras, a Honda Motor teve queda de 1,6% e a Nissan Motor registrou retração de 1,7%.
A empresa farmacêutica Eisai terminou com queda de 6,2% após um relatório de que um paciente morreu após receber o medicamento experimental para Alzheimer da empresa.
Coreia do Sul
Já o índice Kospi, da Coreia do Sul, registrou alta de 1,04%, a 2.433,39, liderado pelas ações de companhias aéreas e do segmento de defesa.
Os investidores também mostraram algum otimismo na sessão, relacionado a possibilidade de um alivio na política de covid zero na China, enquanto os protestos contra as medidas restritivas continuam nas principais cidades chinesas.
A Asiana Airlines saltou 12% e a Korean Air Lines subiu 2,7% depois que um órgão antitruste do Reino Unido disse que está considerando aceitar um plano revisado para lidar com as preocupações de concorrência sobre a fusão planejada.
A operadora de hotéis e cassinos Lotte Tour Development contabilizou alta de 12% com o aumento do fluxo de pessoas nos estabelecimentos e a empresa de defesa Korea Aerospace Industries subiu 6,5%.
Hong Kong
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com forte valorização de 5,24%, a 18.204,68, depois que as autoridades chinesas reiteraram que querem aplicar medidas restritivas direcionadas e se mostraram contra medidas restritivas prolongadas.
As empresas do setor de bens de consumo e serviços lideraram a sessão, com a Haidilao, companhia de restaurantes, e a empresa de entrega de alimentos Meituan avançando 12% e 11%, respectivamente.
O setor imobiliário também teve forte alta, com o Country Garden Services registrando alta de 14% em suas ações.
Os promotores imobiliários ofereceram mais apoio ao mercado, com o Country Garden Services saltando 14% com as novas medidas de resgate das autoridades para o setor.
China Continental
Na China Continental, o índice Xangai Composto fechou com alta de 2,31%, a 3.149,7478, com o setor imobiliário liderando a sessão depois que as autoridades facilitaram o financiamento de ações para empresas do segmento.
China Vanke, Greenland Holdings, Gemdale e Seazen Holdings subiram 10% durante as operações desta terça-feira.
Os protestos contra as políticas de covid zero na China levaram a especulações sobre uma possível reabertura antecipada que impulsionou os setores financeiro e o segmento de bens e consumo, com a Kweichow Moutai subindo 5,9%, China Merchants Bank avançando 9,1% e Ping An Insurance contabilizando alta de 8,1%.