Bolsas da Ásia fecham em leve alta, mas amargam perdas robustas em 2022

Os principais índices acionários da Ásia encerraram a última sessão do ano em ligeira alta, mas não conseguiram evitar as perdas robustas em 2022.

O ano foi marcado pelo aperto monetário global coordenado, inflação elevada, pela política de tolerância zero contra a covid-19 na China e de desaceleração no crescimento global.

Hong Kong

As ações de Hong Kong terminaram o último pregão do ano em alta de 0,20% aos em 19.781,41, pontos, mas fecharam 2022 com uma queda de 15% em relação ao final de 2021.

Isto representa a maior perda anual desde 2011, de acordo com a FactSet, uma vez que a política de zero-covid da China, juntamente com medidas de forte regulação ao setor tecnológico e um mercado imobiliário problemático afetaram o crescimento econômico.

China Continental

Na China Continental, o Índice de Shanghai Composto (SSE) subiu 0,51%, para 3,089,26 pontos, mas encerrou 2022 com uma queda de 15%.

O mercado até chegou a demonstrar alguns sinais de recuperação no quarto trimestre, com o índice composto de Xangai subindo 2,1% no período depois que Pequim flexibilizou os controles pandêmicos rigorosos e se aproximou de uma reabertura em dezembro.

Os investidores esperam que a segunda maior economia do mundo se recupere totalmente em 2023 e impulsione o mercado acionário.

Japão

Já no Japão, o Nikkei encerrou o pregão perto da estabilidade, aos 26.094,50 pontos, à medida que os ganhos em ações de varejo e financeiras ajudaram a compensar as perdas em ações de eletrônicos e tecnologia.

O índice de ações japonês caiu 9,4% em 2022, após três anos consecutivos de ganhos. O Nikkei não conseguiu se recuperar totalmente das perdas sofridas no início deste ano após a invasão russa da Ucrânia e diante do aperto da política monetária global, que acabaram pesando nos mercados.

Coreia do Sul

Já o principal índice da Coreia do Sul, o Kospi, amargou um tombo de 24,89% no ano de 2022. Não houve negócios no país no pregão desta sexta-feira.