Bolsas asiáticas fecham em alta, recebendo otimismo de Wall Street; Xangai recua

Primeira queda de preços das casas desde 2015 desanimou investidores na China

Paisagem urbana de Pequim (Zhang Kaiyv/Unsplash)
Paisagem urbana de Pequim (Zhang Kaiyv/Unsplash)

A maioria dos principais índices acionários da Ásia terminou a sessão desta quarta-feira em território positivo. O movimento mais otimista ocorreu após Wall Street encerrar a sessão de ontem com ganhos, em meio a dados econômicos fortes e comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sobre o aperto monetário. Os dados mais fracos da China sobre o preço das casas acabou deixando Xangai no vermelho.

No fim do pregão, o índice Nikkei 225, de Tóquio, terminou em alta de 0,94%, a 26.911,20 pontos, enquanto o Kospi, de Seul, subiu 0,21%, a 2.625,98 pontos. Enquanto Hong Kong conseguiu se manter com ganhos, fechando com crescimento de 0,20%, a 20.644,28 pontos, a bolsa de Xangai terminou em território negativo, caindo 0,25%, a 3.085,97 pontos.

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Os ganhos foram impulsionados pelo avanço de Wall Street na sessão de ontem, quando os três principais índices fecharam em território positivo. O que deu impulso às bolsas em Nova York ontem foram dados econômicos fortes, afastando a ideia de desaceleração econômica tão brusca. Em linha com os dados, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse em evento que a economia americana está forte o suficiente para conseguir suportar o aperto monetário. Powell, porém, disse que pode precisar entrar em uma taxa mais restritiva para controlar a inflação elevada.

No Japão, a sessão foi marcada pela divulgação dos dados de crescimento econômico (Produto Interno Bruto, PIB) do primeiro trimestre. A economia do país contraiu 0,2% nos meses de janeiro a março deste ano. O Japão tem lutado para alcançar um crescimento contínuo desde o início da pandemia de covid-19. Vale ressaltar que nesses primeiros meses do ano, o país foi afetado pela nova onda de covid, causada pela cepa ômicron.

Hoje, um peso para a região foram os dados dos preços das casas na China. O indicador continuou a desacelerar, tendo uma queda, na relação anual, pela primeira vez desde dezembro de 2015, o que leva a pressionar o mercado imobiliário. Conforme aponta Jeffrey Halley, analista da Oanda, isso bastou para deixar a bolsa de Xangai no vermelho, “apesar do [anúncio] de afrouxamento das restrições de Xangai e dos comentários, feito por membros do governo chinês, muito favoráveis ao setor de tecnologia”.

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