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Bolsas da Ásia fecham em alta apesar de incertezas sobre Ucrânia e inflação
As principais bolsas da Ásia encerraram a sessão em alta, acompanhando a recuperação da véspera em Nova York, embora os investidores continuem preocupados com a guerra na Ucrânia e com a inflação. O aumento nos preços do petróleo e a contínua fragilidade do iene frente ao dólar também preocupam.
Ao final da sessão regular, o índice japonês Nikkei 225 liderou os ganhos, ao subir 3,00%, aos 28.040 pontos, enquanto o índice sul-coreano Kospi teve alta de 0,92%, aos 2.735 pontos. Na China, a Bolsa de Xangai avançou 0,34%, aos 3.271 pontos, ao passo que o índice Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,21%, aos 22.154 pontos.
Já a Bolsa de Taiwan avançou 0,98%, apesar da inesperada perda de tração da atividade, com a produção industrial crescendo menos que o esperado em fevereiro, em +10,1%, ao passo que as vendas no varejo ficaram estáveis, ambos em base anual. “A elevada base de comparação não explica a história de crescimento lento”, afirma o ING, em relatório.
Ainda na região Ásia-Pacífico, a Bolsa de Sydney avançou 0,50%; a da Malásia subiu 0,76% e a de Cingapura teve alta de 0,42%. Na outra ponta, a Bolsa da Indonésia teve leve baixa de 0,07%.
Os investidores continuaram observando de perto o desenvolvimento da guerra entre Rússia e Ucrânia, enquanto aguardavam os desdobramentos da viagem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Bruxelas, onde deve participar de reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com a cúpula da União Europeia (UE). Na pauta do encontro, estão as sanções contra a Rússia e o embargo ao petróleo russo.
“Com poucas alavancas restantes para pressionar a Rússia sem intervenção militar, o mercado está começando a precificar a perda de uma quantidade significativa de petróleo russo que precisa ser preenchida. Pode levar anos para que o mercado de petróleo da Rússia se normalize, se é que isso vai acontecer”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estava previsto para fazer um discurso on-line no parlamento do Japão. O país asiático obedeceu a uma constituição pacifista após sua derrota na Segunda Guerra Mundial e assumiu uma posição incomumente vocal sobre a guerra na Ucrânia, juntando-se às sanções contra a Rússia ao lado das nações ocidentais.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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