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Bolsas da Ásia fecham sem direção única ante PMIs e investidor à espera de ata do Fed
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta terça-feira (21) sem uma orientação única, em um dia em que foram (e ainda serão) divulgados os índices gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto de principais economias. Os investidores também permanecem em compasso de espera por dados de inflação na Ásia e também pela ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Terminadas as negociações, a bolsa de Tóquio (Nikkei 225) fechou em queda de 0,21%, a 27.473,10 pontos, enquanto o Kospi, de Seul, exibiu alta de 0,16%, a 2.458,96 pontos. Já na China, a bolsa de Xangai avançou 0,49%, a 3.306,52 pontos, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,71%, a 20.529,49 pontos.
Hoje, dados do PMI do Japão mostraram que a atividade industrial no país continua contraindo, enquanto o setor de serviços tem um expansão um pouco mais forte do que a última leitura. As ações japonesas terminaram em baixa, arrastadas por quedas nas ações de eletrônicos e financeiras, uma vez que persiste a incerteza sobre a duração do aperto de política dos bancos centrais e seu impacto na economia.
O índice de referência de Seul, por sua vez, teve ganho em meio a notícias de que os estoques de construção e aço avançam na esperança dos investidores de que a China possa lançar novos estímulos para impulsionar seu mercado imobiliário. Os ganhos foram limitados pelo recuo das ações de eletrônicos e de setores ligados à internet, depois que dados preliminares mostraram que a Coreia do Sul deve registrar outro déficit comercial mensal devido às fracas exportações de semicondutores e smartphones. A siderúrgica Hyundai Steel saltou 6,8% enquanto a GS Engineering & Construction subiu 6,6%. Samsung Electronics caiu 1%. A fabricante de chips de memória SK Hynix caiu 1,4%.
Já em Hong Kong, o movimento de queda foi arrastado pelas ações de tecnologia, com grandes nomes como JD.com, Meituan e Tencent caindo 8%, 3,5% e 3,4%, respectivamente. O índice Hang Seng Tech caiu 2,8%. As ações imobiliárias ficaram em alta depois que Pequim anunciou na noite de segunda-feira um programa piloto para fundos de investimento de capital privado imobiliário, em uma tentativa de impulsionar o setor em apuros.
Na China continental, as ações das empresas de telecomunicações lideraram os ganhos e continuaram o rali de segunda-feira em meio a notícias divulgadas na semana passada de que a China Telecom está desenvolvendo um chatbot com inteligência artificial. A China Telecom terminou com alta de 2,5% e a China Mobile subiu 3,4%. Entre os perdedores estavam empresas de consumo e ações de software. O software Beijing Kingsoft Office caiu 1,5%.
Nesta semana, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Japão, da Malásia, de Hong Kong e de Cingapura estão em foco nesta, pois persistem as preocupações de que a inflação esteja se mostrando mais rígida do que se pensava, conforme avaliou em nota Frederic Neumann, economista-chefe para a Ásia do HSBC Global Research. Dos nove mercados da Ásia que já divulgaram CPI para janeiro, seis ficaram acima das expectativas, e o HSBC espera surpresas positivas em todos os lançamentos desta semana, exceto em Cingapura. Há sinais crescentes de que a desinflação será mais prolongada do que o previsto, potencialmente colocando os bancos centrais em jogo para novos aumentos, diz Neumann, apontando as Filipinas como exemplo.
Também no radar dos agentes financeiros está a ata de reunião do Fomc, do Federal Reserve, a ser divulgada amanhã. Como dados econômicos têm apontado para uma economia americana ainda bastante forte, os agentes financeiros devem manter atenção a possíveis sinalizações acerca do aperto monetário mais prolongado do BC americano.
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