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Bolsas da Europa fecham em queda, pressionadas por temores sobre aperto monetário nos EUA
As bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, acompanhando o mau humor em Nova York e na sessão asiática, em meio aos temores sobre a aceleração do aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e os seus efeitos sobre o crescimento econômico dos EUA.
Após ajustes, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,75%, a 424,40 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, recuou 1,56%, a 7.233,34 pontos, o DAX, de Frankfurt, caiu 0,64%, a 13.739,64 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 1,01%, a 6.206,26 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em queda de 0,67%, a 23.566,23 pontos, e o Ibex 35, de Madri, caiu 1,35%, a 8.200,40 pontos.
As ações do setor de matérias-primas lideraram as perdas na sessão, fechando em queda de 2,94% no Stoxx 600, enquanto as ações do setor de energia recuaram 2,24%, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu as suas previsões de demanda por petróleo para 2022 em 320 mil barris por dia, a 3,47 milhões. A ações do setor bancário – de maior peso no índice pan-europeu – fecharam em queda de 0,50%.
Os temores de uma aceleração do aperto monetário do Fed continuam pressionando os mercados acionários em todo o mundo, depois que o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) indicou, ontem, uma desaceleração dos preços menor do que a esperada em abril. A queda do CPI em princípio é positiva, mas o recuo parece não ter sido grande o suficiente para aliviar os temores de altas dos juros mais rápidas.
“Parece que os investidores não sabem o que concluir”, disse Randy Frederick, diretor de corretagem e derivados da Schwab Center for Financial Research, referindo-se à reação dos mercados de ações após a divulgação do CPI nos EUA. “Sabe-se que o ciclo de aperto monetário do Fed começou, mas a dimensão das próximas altas e o alvo final para a taxa de juros nos EUA ainda estão indefinidos”, emendou.
Hoje, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos referente ao mês de abril saiu em linha com o esperado e avançou 0,5% na relação com o mês de março.
Já o total de pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada somou 203 mil solicitações, enquanto o esperado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” era de 194 mil pedidos. Para o Jefferies, a consistência dos últimos números (o dado da semana anterior indicou 200 mil pedidos) sugere que não mudou muito no mercado de trabalho. “A demanda por mão de obra é forte, a atividade de demissão é baixa e as condições são apertadas.”
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