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Bolsas de NY fecham em alta, recuperando-se após comentários mais amenos do Fed
As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, após virarem para território positivo durante a tarde diante de comentários mais brandos do presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, sobre a política monetária nos EUA. Mais cedo, os índices acionários caíam por conta de indicadores que reforçaram a percepção de mercado de trabalho americano forte.
O Dow Jones fechou em alta de 1,05%, a 33.003,570 pontos, o S&P 500 subiu 0,76%, a 3.981,35 pontos, e o Nasdaq avançou 0,73%, a 11.462,98 pontos.
Em comentários a repórteres, Bostic – que não vota nas reuniões deste ano do Fed – afirmou estar firmemente do lado dos dirigentes que defendem altas de juros menores a partir de agora, de 0,25 ponto percentual (p.p.), ao invés de 0,5 p.p. especulados nos mercados.
“Acho que estamos em um período agora em que é apropriado sermos cautelosos”, disse Bostic, preocupado com a possibilidade do Fed apertar a política monetária além do necessário. Outros dirigentes de orientação mais hawkish tendem a reforçar os riscos de subir os juros menos do que é preciso.
Mais cedo, as bolsas caíam com foco em indicadores que renovaram temores dos mercados sobre a força do mercado de trabalho nos EUA e consequente resposta do Fed.
O índice de custo de mão de obra subiu 3,2% no quarto trimestre de 2022 ante o anterior, bem acima do avanço esperado de 1,6%. Já a produtividade da mão de obra avançou 1,5% no período, menos que o esperado (2,5%). Por fim, o número de pedidos por seguro-desemprego somaram 190 mil na semana passada, abaixo da estimativa de 195 mil.
Os dados vêm uma semana antes da divulgação do relatório oficial de empregos de fevereiro dos EUA, o payroll. Para o economista-chefe para América do Norte da Capital Economics, Paul Ashworth, a força vista nos dados hoje não deve se estender para o payroll.
“Após a surpresa de 517 mil (vagas criadas) em janeiro, esperamos um aumento mais modesto de 200 mil em fevereiro. Mas, dado o potencial impacto dos efeitos do clima e da sazonalidade em janeiro, existe a possibilidade de outro choque no mês passado, embora principalmente para baixo desta vez”, avalia Ashworth em relatório a clientes.
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