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NY: Bolsas sobem com expectativa por Fed menos agressivo após CPI dentro do esperado
As bolsas de Nova York abriram em alta nesta quarta-feira, reagindo à leitura de abril do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) que veio amplamente em linha com o esperado por analistas.
A alta, porém, não é uniforme e está concentrada em ações de empresas de alta capitalização, que tendem a se beneficiar da perspectiva por um Federal Reserve (Fed) menos agressivo na política monetária.
Às 11h10 (de Brasília), o índice Dow Jones avançava 0,07%, a 33.586,970 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,54%, a 4.141,28 pontos, e o Nasdaq subia 1,13%, a 12.317,04 pontos.
Entre os setores do S&P 500, consumo discricionário, serviços de comunicação e tecnologia subiam mais de 1% e lideravam os ganhos. Por outro lado, ações do setor de energia seguram as bolsas nova-iorquinas ao registrarem queda agregada de 0,93%.
O CPI americano subiu 0,4% em abril, como esperado, e desacelerou para alta anual de 4,9%, 0,1 ponto percentual (pp) abaixo do previsto. Já seu núcleo, que exclui os voláteis itens de alimentos e energia, subiu 0,4% ante março e 5,5% no período de 12 meses até abril, também 0,1 pp abaixo do registrado na leitura anterior.
A leitura mais comum entre analistas é que, embora ainda mantenha-se muito acima da meta de 2% do Fed, a inflação dos EUA mostra claros sinais de arrefecimento.
“A história encorajadora nos detalhes é que os preços do setor de serviços, excluindo energia e habitação, parecem estar suavizando, com carros usados sendo o maior impulsionador deste componente”, destaca o economista-chefe internacional do ING, James Knightley. O Fed tem focado nesta medida específica da inflação americana para medir as tendências futuras, lembra o analista.
De qualquer forma, o CPI ainda está bem acima da média de alta de 0,17% necessária para que a inflação caia a 2%, alerta Knightley. “Portanto, o Fed ainda não se sentirá incentivado a parecer ‘dovish’”.
De qualquer forma, o mercado viu o CPI de hoje como boa notícia para o futuro da política monetária americana, e investidores precificam chances levemente maiores de juros mais baixos até dezembro, em comparação com os níveis de ontem, de acordo com análise do CME Group.
Para a reunião de junho, a próxima do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o percentual de probabilidade de manutenção dos juros em 5% a 5,25% foi de 78,8% a 75,8%. Já para dezembro, a expectativa majoritária manteve-se em juros de 4,25% a 4,5%, mas com percentual um pouco maior, de 40,8% a 46,1%.
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