NY: Bolsas fecham em alta na maioria, com melhora após susto por corte de produção da Opep+

Investidores avaliaram o anúncio de corte de produção da Opep+, além de indicadores econômicos e discursos do Fed

Veja o desempenho das bolsas de NY -  Foto: Richard Drew/AP
Veja o desempenho das bolsas de NY - Foto: Richard Drew/AP

A maioria dos principais índices acionários das bolsas de Nova York fechou em alta nesta segunda-feira. Ao longo do dia, as ações em Wall Street mantiveram o comportamento misto da abertura, mas o tom foi mais positivo ao fim do dia.

Os investidores avaliaram o anúncio de corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) elevar temores sobre inflação e crescimento global.

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Índices das bolsas de Nova York

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,98%, a 33.601,150 pontos, o S&P 500 subiu 0,37%, a 4.124,51 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,27%, a 12.189,45 pontos.

Cortes na produção

Em decisão anunciada ontem e oficializada hoje, os países membros da Opep+ firmaram acordo para reduzir sua oferta conjunta em 1,16 milhão de barris por dia (bdp) a partir de maio.

A decisão pegou o mercado de surpresa e trouxe volatilidade a ativos de risco, diante da possibilidade de que o aumento nos preços da commodity puxem a inflação global e pesem sobre o crescimento.

Ações

Impulsionadas pela forte alta do petróleo com o anúncio da Opep, ações do setor de energia saltaram hoje e lideraram os ganhos em Nova York. Entre os destaques, a Marathon Oil valorizou 9,93%, a ConocoPhillips subiu 9,29% e a ExxonMobil disparou 5,89%.

Indicadores

Entre dados, o Instituto para Gestão da Oferta (ISM) informou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos EUA recuou a 46,3 em março, menor nível desde maio de 2020.

Segundo os economistas Tim Quinlan e Shannon Seery, do Wells Fargo, o PMI industrial americano sugere recessão à frente à medida que todos os índices do indicador mostraram contração no mês passado.

Para eles, o recente estresse bancário nos EUA ajudará a comprimir mais os investimentos privados, já pressionados pela possibilidade de contração econômica este ano.

Fed: incerteza para política monetária

Mais cedo, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que a decisão inesperada da Opep+ criou um cenário de incerteza para o futuro da política monetária americana. Em entrevista à Bloomberg TV, Bullard disse que ainda é cedo para saber se o impacto do corte será duradouro.

“Parte dessa alta pode fazer com que a inflação volte a subir e tornar o trabalho do Fed mais difícil”, disse Bullard. Entretanto, ele disse que acreditava que os preços do petróleo iam subir com a volta da China ao mercado.

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