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Bolsas dos EUA fecham em queda após relatório Jolts elevar apetite por renda fixa americana
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira. O mercado acionário em Wall Street sofreu com uma migração de investidores em direção aos Treasuries americanos, após o relatório Jolts mostrar forte desaceleração no número de vagas de trabalho em aberto nos EUA em fevereiro.
Além disso, o dado reforça a leitura de que a economia do país está enfraquecendo.
O índice Dow Jones recuou 0,59%, a 33.402,380 pontos, o S&P 500 teve queda de 0,58%, a 4.100,60 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,52%, a 12.126,33 pontos.
O “Job Openings and Labor Turnover Survey”, também conhecido como relatório Jolts, informou que o número de vagas de trabalho em aberto nos EUA era de 9,9 milhões no fim de fevereiro, ante 10,8 milhões no mês anterior.
A forte desaceleração provocou, ao mesmo tempo, quedas bruscas nas bolsas nova-iorquinas e nos rendimentos dos Treasuries, à medida que investidores aumentavam posições na renda fixa americana sob expectativa de que um mercado de trabalho em desaceleração torne a política monetária do Federal Reserve (Fed) mais branda no futuro próximo.
“A queda acentuada na oferta de empregos em fevereiro mostra que a demanda por mão de obra estava esfriando mesmo antes da recente turbulência bancária e fornece outro motivo para pensar que o ciclo de aperto do Fed está quase no fim”, avalia o vice-economista-chefe para EUA da Capital Economics, Andrew Hunter.
Segundo Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda, o dado também alimentou a percepção de economia em desaceleração nos EUA, outro fator a pesar nas bolsas. Para ele, a parte mais pessimista do mercado está certa de que “o rali recente não pode continuar, dados valores das ações e como o mercado de renda fixa está sinalizando claramente que estamos em recessão”. Há, por outro lado, a esperança por cortes de juros do Fed em meio à desaceleração da atividade.
Para Erlam, os investidores mais cautelosos tem um argumento melhor, já que o Fed só deve afrouxar a política monetária “caso tenha algo de muito errado com a economia”.
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